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70ª edição do Festival de Berlim tem início nesta quinta-feira (20)

'O Reflexo do Lago', do paraense Fernando Segtowick, participa da competição

Enize Vidigal
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A 70ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim inicia nesta quinta-feira, 20, com 19 filmes brasileiros na competição, incluindo o documentário "O Reflexo do Lago", do paraense Fernando Segtowick. O filme apresenta sobre a realidade vivida por uma das comunidades do Lago de Tucuruí afetadas pela construção da hidrelétrica, inaugurada há 36 anos, compete na mostra Panorama Dokumente. No sábado, 29, o júri anuncia os vencedores da 70ª edição e o festival prossegue até 1º de março.

Este ano, o brasileiro "Todos os Mortos", Marco Dutra e Caetano Gotardo, disputa o Urso de Ouro, principal premiação de Berlim, que já foi conseguida somente por outros dois filmes nacionais: "Central do Brasil de Walter Salles", em 1998, e "Tropa de Elite", de José Padilha, em 2007. O drama "Todos os Mortos" conta a evolução social brasileira a partir da história de uma mãe e duas filhas que têm uma antiga escrava agregada à família no período pós-Proclamação da República e de libertação dos escravos. "A desigualdade social no País não é um fato novo, mas tem origem nas condições históricas. Não é possível entender o hoje sem se referir ao passado", declara Dutra à Agência Estado.

Outra novidade é que o júri principal presidido por Carlo Chatrian também terá a participação do cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, diretor de "Bacurau" (ao lado de Juliano Dornelles) e "Aquarius". Além disso, o festival ampliou este ano o número de filmes selecionados em relação aos dois anos anteriores, quando 12 títulos nacionais foram acolhidos em cada ano, entre curtas e longas, como "Marighella" - que até agora não estreou nos cinemas do País -, "Divino Amor", "Greta", "Tinta Bruta", "Indianara" e "Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar".

"O Reflexo do Lago" é um documentário em preto e branco da Marahu Films, com duração de 72 minutos, que apresenta os danos ambientais e os impactos sociais e econômicos causados a comunidades do rio Caraipé à região do Lago de Tucuruí, com destaque ao fato de permanecerem sem acesso à luz elétrica. O filme foi inspirado no livro fotográfico "O Lago do Esquecimento", de Paula Sampaio, e contou com a participação da pesquisadora Edilene Santos Portilho, graduada em Licenciatura em Ciências Agrícolas (UFRJ), mestre em Educação Agrícola (UFRJ) e Doutora em Educação pela (UFF), que é natural de Caraipé.

"Reflexo do Lago" é o primeiro longa-metragem de Segtowick , que dirigiu os curta-metragens "Dias" (2000), "Matinta" (2010), "No Movimento da Fé"(2013) co-dirigido com Thiago Pelaes, "O Caminho das Pedras (2017) e "Canção do Amor Perfeito" (2018) ambos co-dirigidos com Alexandre Nogueira, além das séries "Diz Aí Amazônida" (2015), "Eu Moro Aqui" (2017) e "Sabores da Terra" (2020). "Estar lá já é um prêmio. Isso já é incrível", comemora.

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