Francisco Gil se despede de Preta Gil com homenagem: 'A morte não é um fim'
Artista utilizou as redes sociais para falar sobre o amor pela mãe, que morreu no último domingo (20)

Francisco Gil emocionou os seguidores ao se despedir da mãe, Preta Gil, com uma publicação nas redes sociais. Com um carrossel de fotos e um texto repleto de amor pela artista, o cantor relembrou a última noite ao lado de Preta, que morreu neste domingo (20), aos 50 anos, após complicações ocasionadas por um câncer no intestino.
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O integrante do grupo Gilsons iniciou a postagem com uma foto de sua filha, Sol de Maria, segurando a mão de Preta. Ele relembrou a última vez em que esteve com a mãe em Nova York. “A nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. Você segurava minha mão com força e eu sem entender de onde você estava tirando aquela força”, escreveu ele.
Francisco Gil seguiu a postagem refletindo sobre a origem da força de Preta e afirmou ter descoberto: ela vinha do amor, que, segundo ele, era o motor da vida da filha de Gilberto Gil.
"Sua força vinha da vontade de viver, de ver a sua neta sol de maria crescer e vinha da gente que estava lutando junto com você. de um país inteiro que torceu e assim lutou junto também. Esse amor também chegou para todos nós: a rede de apoio mais linda, que você construiu."
Confira o texto na íntegra:
Na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. você segurava minha mão com força… e eu sem entender de onde você tava tirando aquela força. já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda.. e agora entendo. o motor da sua vida sempre foi amar e amar sempre foi o seu maior dom. o amor sempre foi ação pra você… nunca se estagnou. você foi implacável amando. sua força vinha da vontade de viver, de ver a sua neta sol de maria crescer e vinha da gente que estava lutando junto com você. de um país inteiro que torceu… e assim lutou junto também. esse amor também chegou pra todos nós. a rede de apoio mais linda, que você construiu.
a sua compulsão era a generosidade. ter o seu amor foi um impacto grande pra qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita. e você amou tanto… tanto. você foi — e será sempre — tão amada, mãe. que privilégio ter vindo pra esse mundo de dentro de você. minha melhor amiga.
eu tava com muito medo… mas determinado a encarar tudo com você. e a gente encarou, mesmo com você tentando me poupar. eu me despedi de você e tentei fazer com que você não percebesse… claro que você percebeu. e claro que esperou que eu fizesse isso pra poder partir. você sorriu, e eu nunca vou esquecer desse sorriso. seu olhar tinha muito mistério… mas entendi. a gente sempre se entende… assim como nesse exato instante. no seu adeus tinha também um até logo. presença absoluta que agora só muda de perspectiva.
seu olhar também tinha a curiosidade de sempre… e muita coragem pra encarar o que estivesse por vir. e foi assim que você deu seu jeito de me proteger e me deixar seguro de que — como sempre — você sabia bem o que tava fazendo. o seu tempo foi esse… e foi intenso. como disse seu pai pra mim depois de você partir: “que agora venham os 50 bilhões de anos…”
estenda-se infinito, mãezinha. a gente que é de axé sabe que a morte não é um fim.
as fotos são dessa última semana. a primeira foi a última com a sol, e a segunda foi a nossa última foto.
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