Café Fotográfico apresenta Valério Silveira e a fotografia experimental
Artista afirma ter um trabalho mais fluente e diversificado, além de ser mais lúdico e instintivo

Nesta quinta-feira (24), o projeto Fotoativa 40 anos-luz realiza na sala de cinema do Sesc Ver o Peso, um encontro aberto voltado a pesquisadores da imagem, e ao público em geral. Na ocasião, o artista Valério Silveira apresentará sua pesquisa e processo artístico no campo da imagem e da fotografia.
“Um determinado período da minha trajetória eu fiz parte mais diretamente da Fotoativa e também ajudei a organizar alguns Cafés Fotográficos juntamente com a Irene Almeida (atual presidente da Fotoativa), e sempre achei esse espaço formidável pra se mostrar os novos valores da nossa cidade, os novos olhares artísticos que povoam esses meios. Então recebo honrosamente este momento de ter sido convidado a falar sobre o trabalho que eu faço ir pra qualquer artista é de suma importância. Como eu venho da educação das artes, trabalho também como arte educador falar de arte já é praticamente a minha vida, agora falar do meu trabalho especificamente realmente é algo novo. E vou falar o que vier ao coração.”, pontua o artista.
O Café Fotográfico, ação tradicional da Fotoativa, que se configura como um espaço de compartilhamento do pensamento crítico sobre a fotografia, é um dos eventos que configura a programação patrocinada pela Petrobras, e que comemora as quatro décadas de existência da associação, instituição de utilidade pública, que atua local e nacionalmente em prol da reflexão, formação e pesquisa sobre a imagem.
Arte-educador e artista visual, Valério Silveira começou suas experiências com a fotografia usando-a como suporte para os desenhos que realizava, e ela se tornou, com o tempo, o próprio ato de criação: “a minha arte muda de direção o tempo inteiro, e o mais importante é manter a busca acesa”, ele propõe.
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“O artista está em constante transformação, alguns se mantém numa mesma linha durante algum tempo, já olhando pra mim: o meu trabalho é mais fluente, é muito diversificado, talvez por eu ser mais experimentalista, arriscar mais, ser menos metódico e mais lúdico e instintivo. Como eu trabalho com várias linguagens e principalmente a fotografia, eu saio misturando essas linguagens, tornando as imagens em algo mais híbrido. Não sei se tenho uma característica específica que possa definir como estilo, até prefiro não ter. Prefiro ser muitos, do que apenas um”, explica Valério Silveira.
O artista participou de inúmeras exposições e mostras de artes, dentro e fora do estado, e possui obras em acervos importantes locais como Museu da UFPA, Museu de Arte do CCBEU e Museu do Círio, dentre outros.
Valério Silveira já participou de diversas exposições, como: Projeto Miriti das Águas (2012, Estação das Docas); Abaeté: Paisagens Etnográficas (2012, Estação das Docas); Inocência dos rios (2012, Armazém do tempo, Mangal das Garças); Caboclo (2012, Galeria Graça Landeira/Unama), e recebeu as seguintes menções honrosas: Concursos Universitários Nacionais de Fotografia Canon – Revista Fotografe Melhor (2011 e 2012). Foi vencedor do Concurso Cultural National Geographic, em 2010; do III Prêmio de Jornalismo em Turismo “Comendador Marque dos Reis” #MEUBEMPARÁ, em 2016, e conquistou o 2ºLugar no Concurso Nacional de Fotografia “As Cores do Brasil”, Revista Fotografe Melhor & NIKON, em 2017.
“Acho que o legado que pode ficar um dia é o legado educacional, acho que é mais o que enche a minha alma. O ego do artista não faz a minha cabeça, prefiro a alma do educador, que é para onde vai a vertente do meu trabalho, mesmo na minha arte. Tanto na nascente, como no poente. Assim espero!”, finaliza o artista.
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