Azuliteral lança ‘Fluxa’, novo álbum, que fala sobre mulheres paraenses e das águas do Rio Guamá

O projeto musical foi financiado pela Natura Musical e será lançado no dia 6 de março nas plataformas

Amanda Martins

A cantora e compositora paraense, Azuliteral, de 23 anos, mergulhou em suas vivências e influências para preparar seu mais novo trabalho, o álbum "Fluxa", que será lançado nas plataformas digitais na próxima quarta-feira, 6. Com dez canções autorais, incluindo "Sublime", fruto de uma colaboração com a cantora Malu Guedelha, Azuliteral reúne no álbum estilos musicais que fundem Música Popular Brasileira (MPB), Música Popular Paraense (MPP) e BRock, onde ela narra sua jornada pessoal e espiritual, permeada pelas águas do rio Guamá, que banham seu bairro e servem de inspiração para suas composições. O projeto foi financiado pela Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear). 

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Em entrevista, a artista revelou a inspiração por trás do título do álbum, que remete a uma variação feminina da palavra "fluxo", destacando a presença feminina em sua nova obra e energia criativa do movimento contínuo da água como metáfora para a constante mudança e fluidez da vida. A maior fonte de inspiração de Azuliteral foi a coletânea "Trama das Águas", que reúne várias histórias e poesias de mulheres paraenses, incluindo a própria cantora. 

"Fui convidada pela Monique Malcher para contribuir com meu conto 'Descobrindo o Sublime nó Trivial' na coletânea. Essa experiência foi um marco na minha carreira enquanto escritora e também uma revolução: um livro cem por cento escrito por mulheres, da capa à contracapa. Cada texto me levou para uma fase da minha vida, uma mulher importante para mim, e por meio dessa poesia, pude navegar entre as memórias que são tão minhas, como são tão nossas, compreendendo a identidade como algo coletivo. Isso me fortaleceu e decidi narrar e desaguar no meu álbum", revelou a cantora sobre seu processo de criação iniciado há cerca de três anos. 

image A artista revelou a inspiração por trás do título do álbum, que remete a uma variação feminina da palavra "fluxo", destacando a presença feminina em sua nova obra e energia criativa do movimento contínuo da água como metáfora para a constante mudança e fluidez da vida (Stela Abreu)

Segundo a artista, foi a partir da imersão nas leituras da obra que as letras das canções começaram a surgir organicamente, acompanhadas pela escolha dos ritmos, que buscam explorar a diversidade, principalmente da MPB e da MPP. "A ideia era trazer fluidez e unicidade para cada faixa", pontuou. 

Azuliteral explicou, por exemplo, que na faixa "Dádiva do Rio", foi usado influências do lo-fi com uma percussão paraense para criar uma ambiência serena, mágica e ligada à natureza amazônica; em "Breu Branco", entre o Funk Old School, muito ouvido no Brasil nos anos 70/80, com a guitarrada, criando uma atmosfera alegre e dançando que trazem a temática "novos começos e infância", segundo a cantora; já em "Senti", chega a vez do reggae que ganha uma nova profundida dançante com a presença da guitarrada, elementos eletrônicos e percussão paraense. 

Sobre as expectativas para o lançamento do álbum, Azuliteral expressou o desejo de que o público se abra às experiências de autor recordação que suas músicas podem proporcionar, conectando cada ouvindo com seu espaço geográfico que ocupa. "E possam dizer que, quando entendemos de onde viemos, somos mais capazes de descravar os caminhos que se abrem. Quanto mais profundas são as raízes na terra, mais alta é a copa da árvore", acrescentou a cantora. 

Além das músicas, cada faixa do álbum será acompanhada por um videoclipe e um Web documentário, oferecendo uma imersão completa na arte e na trajetória da artista. O primeiro videoclipe, para a música "Dádiva do Rio", será lançado no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, celebrando a conexão divina, feminina e natural que permeia o trabalho de Azuliteral.

"O webdoc é um convite que faço ao público para conhecerem as mulheres que escreveram os textos que me inspiraram a compor 'Fluxa'. Minhas sementes são as palavras de mulheres que vivem e criam artes muito poderosas. Por essa razão, escolhi lançar o videoclipe da faixa que abre o disco no Dia Internacional da Mulher, para relembrar que nossa existência não é resumível, nem silenciável. Canto e convido minhas irmãs a cantar: 'Sou rio, sou gente. Impossível de dominar'", declarou.

Para o futuro, Azuliteral planeja continuar explorando novos projetos, incluindo o lançamento de seu primeiro livro solo de poesias, intitulado "Depois do Sim", e a produção de um novo disco que explorará novos gêneros musicais, com previsão de lançamento para 2025. 

"Ao longo deste ano teremos o lançamento do álbum, dos 10 videoclipes, dos 10 Web docs e um show de lançamento para celebrar esse novo tempo, porém, celebrarei também ainda neste primeiro semestre a publicação do meu primeiro livro solo de poesias intitulado ‘Depois do Sim’, um livro que reflete sobre amor e cura. No que diz respeito às minhas iniciativas, estou no processo de produção de um novo disco que explorará novos gêneros musicais que está sendo produzido na Black Mamb4 Records com previsão de lançamento para o ano que vem", compartilhou. 


 

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