Azuliteral lança álbum 'Fluxa' com show no MandaJob, em Belém; saiba mais
O evento terá a participação especial da artista Doraline e será aberto ao público

Neste sábado (10), a partir das 19h, o MandaJob recebe a artista Azuliteral para realizar o show de lançamento do seu álbum “Fluxa”. Patrocinado pela Natura Musical, o evento marca um momento importante na carreira da multiartista paraense. A programação inclui poesias inéditas de um livro que está sendo desenvolvido por ela. Assim como no livro, o show aborda temas como o protagonismo feminino nas lutas por terra e destaca o reconhecimento do corpo como território de resistência e ancestralidade.
A apresentação principal terá participação especial de Doraline, cofundadora e representante do Corpo de Dança Black Mamb4 Records (CDBMR). Ela irá performar na canção “Sublime”, misturando hip hop e dança contemporânea. Além disso, Azuliteral destaca a degradação ambiental causada por grandes empreendimentos, como mineradoras e hidrelétricas — e relaciona essa destruição à violência contra a mulher.
“O que Fluxa traz em música, o livro traz em poesia slam, em manifestos. Quero colocar em movimento o que significa, para mim, pensar o corpo como território e a vida como extensão da Natureza. É a continuidade dos meus estudos sobre o feminismo e uma crítica ao problema mineral e ao agronegócio no Brasil”, contou a artista.
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Misturando literatura, dança e música para tratar de ativismo socioambiental, o lançamento de “Fluxa” marca um momento de amadurecimento estético e político na trajetória da artista.
“Pessoalmente, o lançamento de Fluxa foi uma reafirmação do meu pertencimento artístico e uma conquista coletiva. Representa a realização de um sonho familiar transgeracional. Na minha carreira, ele está proporcionando a abertura de muitas portas e de ampliação do meu engajamento político”, detalhou.
“Fluxa” nasceu da inquietação de Azuliteral em entender por que continua criando arte e atribuindo profundos sentidos ao que acontece ao seu redor. O nome é uma variação feminina do termo fluxo. “Incluo a terminação em “a” para chamar O Feminino para dentro desse fenômeno. Aproveito a energia criativa do movimento contínuo da água para trabalhar o argumento central do álbum: tudo é transitório, o eu é transitório. Gosto muito de estar em movimento. Sou guiada pelo poder do espaço. Viajar, experienciar, acessar na solitude da distância a minha eu mais pura. Mas também gosto muito de voltar, tanto para o lugar de partida, quanto passar pelos mesmos caminhos e revisitar pensamentos e memórias. Eu sou Fluxa, transitória, inconstante e fluente.”, explica a cantora.
O vínculo entre Azuliteral e o público tem se mostrado intenso e emocionante, especialmente por meio das músicas e clipes lançados em 2024. “As pessoas me dizem que passaram a ver a natureza com outros olhos, que colocaram o álbum em suas rotinas de autocuidado, que se inspiraram para criar”, relata.
Com um trabalho que ultrapassa os limites da música, literatura e dança, Azuliteral convida o público a participar da experiência no MandaJob, em Belém. “Será uma celebração onde a arte, a política e a ancestralidade se encontrarão num só fluxo”.
Serviço
Data: 10 de maio (sábado), às 19h
Local: MandaJob – Rua 28 de Setembro, 1177, bairro Reduto, Belém
(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)
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