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Artistas que se apresentaram na 1ª Bienal das Artes de Belém estão sem receber desde setembro

Prefeitura de Belém respondeu por meio de nota informando que todos os artistas vão receber os cachês

Bruna Lima
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Artistas estão se manifestando nas redes sociais e também de outras formas para demonstrar a insatisfação diante da Prefeitura de Belém. Pois até hoje ainda não receberam o cachê do trabalho realizado durante a 1ª Bienal das Artes ocorrida no período entre 20 a 25 de setembro, em Belém. 

O diretor de teatro do Grupo Palha, Paulo Santana, conversou com a equipe de O Liberal e confirmou que seu grupo e de vários outros artistas estão passando pela mesma situação de não-recebimento do pagamento do cachê.

"Sim, estamos vivendo a situação. O meu grupo participou da Bienal assim como vários grupos da cidade e da associação dos grupos de teatro de Belém. Estamos há quatro meses aguardando um retorno da Fumbel (Fundação Cultural do Município de Belém) e, se quer, recebemos um comunicado", reclama o diretor e professor de teatro.

Ele acrescenta que seu grupo de teatro resiste no seu fazer artístico há 42 anos, sendo mantido pelos próprios artistas e a custo de patrocínio. "Somos fazedores e estudiosos mestres e doutores em teatro e os nossos governantes não nos respeitam, é como se artista não comesse e não tivesse boletos para pagar", destaca o artista.

Diante dessa situação, ele diz que muitos grupos pediram dinheiro emprestado para agilizar suas infra-estrutura de apresentação e que não estão podendo arcar com seus compromissos. O Grupo Palha apresentou o espetáculo "Guiomar".
O ator e também diretor de teatro Leonel Ferreira usou as redes sociais para cobrar a Fumbel sobre o pagamento.

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No twitter, o artista disse: "Enquanto isso, o pagamento dos grupos de teatro que se apresentaram na Bienal das Artes, nada! Um absurdo e desrespeito", reclamou.
A Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel" respondeu a postagem com a seguinte mensagem: infelizmente, por escassez de recursos públicos, não foi possível executar em tempo hábil o pagamento dos artistas, mas assim que o ano fiscal de 2023 for aberto, a Fumbel vai efetuar as pendências.

Marton Maués, que faz parte do Grupo Palhaço Trovadores, disse que o Grupo é mais um dos que não receberam o cachê. "Eu só tenho a dizer que é uma pena isso acontecer, que não entendo esse tratamento diferenciado e desrespeito da prefeitura com os artistas locais. Nenhuma explicação  dada por eles é convincente", lamenta o artista.

O diretor de teatro Willian Furtado, que se apresentou na Bienal com a peça infantil “Tremilikes, a bruxa do futuro”, disse que está na mesma situação, pois desde setembro não recebe uma resposta exata sobre o dia do pagamento. Willian disse que o cachê do grupo é de R$ 8 mil reais, mas ainda tem os descontos do imposto.

“Foram vários grupos que se apresentaram nessa temporada da Bienal e pelo que sei, todos os grupos de teatro ainda não receberam”, destaca o diretor.

Resposta

A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), informa que todos os pagamentos referentes a apresentações de artistas na I Bienal de Artes estão sendo realizados, conforme a  finalização de cada processo administrativo, cumprindo os prazos e normas. A Fumbel garante que os artistas vão receber seus cachês.  

Até agora conforme prazos de cada processo,  já foi pago o valor total de R$ 1.859.509,00 (um milhão, oitocentos e cinquenta e nove e quinhentos e nove reais).

Sobre a Bienal

A Bienal foi um grande movimento de cultura que incluiu diferentes linguagens artísticas como música, dança, teatro, recitais, oficinas e entre outras programações. Os oito distritos de Belém, além da Ilha do Combu, foram palcos da programação do grande evento.

Artistas consagrados, como Zeca Baleiro, Teresa Cristina, a aparelhagem Crocodilo e o músico paraense Felipe Cordeiro, além de diversos grupos regionais, fizeram parte da programação. O comentários dos artistas locais é que a prefeitura priorizou em efetuar o pagamento dos artistas nacionais por primeiro.

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Cultura
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