Artista Roberta Carvalho organiza projeto em barco multimídia pelo rio Guamá
Idealizado pela artista visual Roberta Carvalho, projeto promove oficinas para comunidades ribeirinhas

Nesta quinta (21) e sexta-feira (22), navega sobre as águas da Ilha do Combu o projeto Guamá, da artista paraense Roberta Carvalho, que figura entre os principais nome de arte e tecnologia do Brasil. A proposta é uma vivência artística, com captações de imagens, projeções em múltiplas telas, como em áreas verdes e rios, projeções de cinema nas comunidades e oficinas.
VEJA MAIS
Destaque internacional, Roberta Carvalho assinou a direção criativa e curadoria do projeto Pororoca, que ocupou a Times Square, em Nova York, com programação cultural em defesa da Amazônia durante a Semana do Clima de 2023. Assinou também o projeto artístico do projeto Nave de 2022, no Rock In Rio, o maior festival de música do mundo, e mostrou que a Amazônia é ancestral, mas também é tecnológica. A um só tempo, floresta e metrópole.
Neste propósito de desvelar a diversidade dos territórios da maior floresta tropical do mundo. Roberta desenvolve trabalhos no trânsito entre a imagem, a intervenção urbana, a video-projeção e a videoarte. Suas obras trazem a inserção da imagem digital fotográfica ou em vídeo para o espaço público da cidade e outras paisagens não urbanas. Seja em copas de árvores, seja em edificações históricas. Muitas das imagens construídas refletem uma relação simbólica e simbiótica com o entorno onde a ação artística acontece, como em Symbiosis (2007), onde faces de ribeirinhos amazônicos são projetadas em áreas verdes nestas próprias comunidades.
O projeto Guamá converge toda essa trajetória. “A gente pretende imergir no movimento dos rios, que são fluxos de resistência ao longo da história. A paisagem dos rios é composta de sua própria natureza e também da experiência humana de ali existir. O projeto pretende revisitar histórias, sonoridades e visualidades”, diz Roberta Carvalho.
A incursão fluvial ocorre em um barco transformado em uma estação multimídia, que possui sistema de imagem, som e projeção. O projeto pretende criar interlocução com jovens e adultos da região das ilhas de Belém, e para tanto, além das intervenções artísticas, ofertará oficinas gratuitas voltadas aos moradores de comunidades ribeirinhas. A ideia é instrumentalizar o público para utilização de novas tecnologias.
Serão duas oficinas. A primeira será ministrada por Felipe Marujos, ribeirinho e comunicador, publicitário e porta-voz da floresta. Ele vai falar aos participantes sobre o uso do celular e das redes sociais como ferramentas de empoderamento social e cultural.
A segunda oficina será com Roberta Carvalho, Lucas Negrão e Lorena Rodrigues, artistas multimídias: “A projeção de imagem em simbiose com o espaço + Fotografia e vídeo com uso de celular”.
Serviço:
Oficinas, rodas de conversa e mostra de vídeo - 21/12, na ilha do Combu
Intervenções artísticas - 21 e 22/12, nas margens do rio Guamá passando pela ilhas do Combu e Ilha Grande
O projeto é uma parceria com a Universidade Federal do Pará, Fadesp, Proex, Faculdade de Artes Visuais, Curso de Produção Multimídia da UFPA, Governo Federal.
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA