Arte Pará 2021 promove bate-papo com Mauricio Igor e Rafael Bqueer na manhã do sábado, 4

Artistas convidados do Arte Pará 2021 conversam sobre processos de criação e suas poéticas, em evento com entrada franca

Lucas Costa
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O Arte Pará 2021 segue a todo vapor no intuito de provocar debates em torno da produção artística que envolve a Amazônia. Neste sábado, 4, um bate-papo presencial será realizado no auditório da TV Liberal (Av. Nª Sra. de Nazaré, 350), com Mauricio Igor e Rafael Bqueer - artistas com obras na mostra “Uma história da videoarte na Amazônia (episódio I): Pará”, atualmente disponível no site artepara2021.com.

A conversa terá mediação de Vânia Leal, curadora educacional do Arte Pará; junto ao professor e pesquisador John Fletcher, da UFPA. O evento tem entrada franca, e começa às 9h.

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Rafael e Mauricio dividem uma semelhança em seus trabalhos: a utilização do corpo como instrumento, seja de performance ou como símbolo de vital importância dentro de suas obras. No Arte Pará 2021, Rafael Bqueer participa com três trabalhos: “Alice e o chá através do Espelho” (2014), “Alice no país dos Baurets” (2015) e “Urucum” (2020). Estreante no salão, Mauricio Igor apresenta duas obras: “A Pisa na Amazônia” (2020) e “De uma Belém a outra” (2020).

“Queremos compreender como está se dando essa dimensão discursiva dessa nova produção em videoarte da juventude de artistas paraenses”, adianta o professor de artes visuais John Fletcher sobre o bate-papo, em que terá o papel de mediador. Ele também explica a relevância dos trabalhos dos artistas, que imprimem suas percepções articuladas dentro de linhas de pensamento urgentes.

image 'De Uma Belém a outra', de Mauricio Igor (Mauricio Igor/ Reprodução)

“A produção do Mauricio tem uma pegada muito forte dentro do chamado ‘discurso político da decolonialidade’. Discurso esse em que a gente vai pensar os efeitos do colonialismo sobre as subjetividades aqui no Brasil, e no caso essa é uma questão muito importante para o Mauricio, já que ele fez uma residência em Portugal. Foi também nesse período da residência que essa foi uma linha conceitual ajudou na produção de um dos vídeos dele”, explica John.

O vídeo em questão é “De uma Belém a outra”, filmado em Belém, cidade de Portugal. Na produção, o artista aparece caminhando em direção a um monumento da cidade, feito em homenagem às expedições de colonização. “É para pensar justamente todas essas características relacionadas a violência, a colonização, e até a própria xenofobia”, avalia John.

Rafael Bqueer, que participa do encontro de forma remota, traz para o debate seu trabalho que caminha por abordagens ligadas, principalmente, a comunidades LGBTQIA+ da Amazônia. John comenta os trabalhos de Rafael presentes na mostra deste ano.

image Rafael Bqueer em 'Alice no país dos Baurets', de 2015 (Rafael Bqueer/ Reprodução)

“Eses três trabalhos já vão estar engajados dentro de uma perspectiva de um trabalho que também se volta para um agenda antirracista, e para uma agenda que trata de subjetividades LGBTQIA+ e negras, não somente na Amazônia, mas a da Amazonia para outos contextos culturais e políticos geográficos do país”, explica John.

O salão Arte Pará tem sua mostra totalmente virtual em 2021. Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, e curadoria adjunta de Roberta Maiorana, a edição carrega como conceito “Uma História da Videoarte na Amazônia (episódio 1): Pará”, reunindo trabalhos de 46 artistas convidados. A mostra está disponível no site www.artepara2021.com.

O Arte Pará 2021 é realizado pela Fundação Romulo Maiorana, e tem como patrocinador novamente a Fibra Centro Universitário, renovando a parceria que existe desde 2012. O salão tem ainda apoio do Grupo Liberal e Instituto Inclusartiz.

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