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Arte Pará: uma história do contemporâneo ao longo do tempo

Atualmente em sua 39ª edição, salão Arte Pará tem história que se entrelaça com a das artes da Amazônia

Lucas Costa
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Caminhando junto aos movimentos da arte contemporânea da Amazônia em sintonia com o resto do mundo, o salão Arte Pará tem sua história também construída dentro destes 75 anos de jornal O Liberal. Atualmente em sua 39ª edição, realizada pela primeira vez em formato totalmente virtual, o consagrado salão de arte contemporânea tem uma história que começa em 1982, e desde lá, passou por diversas fases refletindo diferentes contextos.

O professor John Fletcher, da Faculdade de Artes Visuais da UFPA, escreveu sua tese de doutorado em torno do Arte Pará, e relembra que a história do salão começa com Sônia Renda na direção executiva da Fundação Rômulo Maiorana.

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Fletcher divide o Arte Pará em três fases: a primeira, de 1982 a 1986; a segunda, de 1987 a 1999; e a terceira, que começa nos anos 2000. Estas fases são marcadas principalmente por mudanças na curadoria, mas também na percepção destes curadores e seus eixos curatoriais, que acompanham suas contemporaneidades.

Paulo Herkenhoff, por exemplo, atual curador do Arte Pará, entra pela primeira vez no circuito do salão ainda nos anos 80. “Em 1987 temos a primeira grande mudança. Após a morte de Romulo Maiorana, Roberta Maiorana assume a Fundação. Não somente isso, o próprio Paulo Herkenhoff vai ter a sua entrada no Arte Pará como membro do júri. É nesse sentido, por exemplo, que vamos entender que ele vai começar a desenhar algo que se confirmará nas primeiras curadorias oficiais do salão, que ocorrem a partir de 1990”, explica Fletcher.

image Orlando Maneschy, Roberta Maiorana e Paulo Herkenhoff na edição do Arte Pará 2019 (Arquivo O Liberal)

Além de Herkenhoff, a curadoria do Arte Pará reflete seus períodos a partir de visões diversas ao longo de sua história. Nessa trajetória, a curadoria teve nomes como Marisa Mokarzel, Orlando Maneschy, Claudio De La Rocque, Nina Matos, Ricardo Rezende, Jussara Derenji, entre outros.

Em sua perspectiva, John Fletcher vê uma nova fase para o Arte Pará no horizonte, que já começa a ser desenhada com a mostra deste ano. “O Paulo Herkenhoff tem exercitado também muito essa função de escuta sobre como o salão pode vir a se transformar, e acho importante pensar em como essa edição de 2021, em que ele optou por uma inteiramente voltada para o videoarte, funcionando virtualmente. Seria quase como o fechamento de um ciclo. Então a partir do ano que vem, o Arte Pará entra em sua 40ª edição, e acho que vamos ter uma celebração”, diz Fletcher.

Horizonte de arte e tecnologia

O salão Arte Pará 2021 tem sua mostra totalmente virtual em 2021. Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, e curadoria adjunta de Roberta Maiorana, a edição carrega como conceito “Uma História da Videoarte na Amazônia (episódio 1): Pará”, reunindo trabalhos de 46 artistas convidados. A mostra está disponível no site www.artepara2021.com.

O Arte Pará 2021 é realizado pela Fundação Romulo Maiorana, e tem como patrocinador novamente a Fibra Centro Universitário, renovando a parceria que existe desde 2012. O salão tem ainda apoio do Grupo Liberal e Instituto Inclusartiz.

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