Após polêmica, Liesa define ordem do desfile de escolas de samba no Rio de Janeiro
Ao todo, 13 escolas vão desfilar no Grupo Especial em 2020
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) definiu a ordem dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial para o Carnaval de 2020. Após decisão da Justiça de que a Imperatriz Lepoldinense, penúltima colocada no desfile deste ano, seria rebaixada para o Grupo de Acesso, a Liesa realizou o sorteio na sexta-feira, 18. Junto com a Imperatriz, a Império Serrano, última colocada, também desfilará ano que vem no Grupo de Acesso.
Ao todo, 13 escolas vão desfilar no domingo (23 de fevereiro) e na segunda-feira (24 de fevereiro). As duas últimas colocadas serão rebaixadas, e apenas a campeã do Grupo de Acesso subirá para o Grupo Especial em 2021.
No domingo (23 de fevereiro), vão desfilar sete escolas. A Estação Primeira de Mangueira, campeã deste ano, será a terceira a desfilar no domingo de carnaval e a Portela fecha o desfile.
1ª - Estácio de Sá
2ª - Viradouro
3ª - Mangueira
4ª - Tuiuti
5ª - Grande Rio
6ª - União da Ilha
7ª - Portela
Na segunda-feira (24 de fevereiro), a São Clemente abre o desfile e a Beija-Flor de Nilópolis encerra a programação das escolas do Grupo Especial.
1ª - São Clemente
2ª - Vila Isabel
3ª - Salgueiro
4ª - Unidos da Tijuca
5ª - Mocidade
6ª - Beija-Flor
A Liesa decidiu, em reunião realizada no dia 10 de julho, que a Imperatriz Leopoldinense será mesmo rebaixada e no ano que vem desfilará no Grupo A de acesso, por ter ficado em penúltimo lugar este ano. A escola tinha sido mantida no Grupo Especial, após uma virada de mesa que garantia à agremiação o direito de desfilar em 2020 na elite do carnaval, na Passarela do Samba da Marquês de Sapucaí.
Em junho de 2018, a Liesa assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para impedir uma próxima “virada de mesa” no resultado dos desfiles das escolas em 2019.
Mesmo com a assinatura do documento, as escolas votaram pela permanência da Imperatriz Leopoldinense no Grupo Especial. O MPRJ ameaçou multar a entidade em R$ 750 mil, medida estabelecida no TAC. Algumas escolas voltaram atrás na decisão anterior e 42 pessoas participaram da votação. Vinte e oito foram a favor do rebaixamento da Imperatriz Leopoldinense, 13 votam contra e uma se absteve.
Na reunião ficou decidido também que o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, que tinha pedido demissão após a virada de mesa, fosse reconduzido ao cargo. Ele aceitou e vai continuar à frente da entidade, que preside desde 2007.
A Justiça já tinha negado o pedido de liminar da Imperatriz para o afastamento do presidente da Liga. Na decisão, a juíza Priscila Fernandes Botelho da Ponte, da 3ª Vara Cível da capital, entendeu que não havia, até o momento, ilegalidade a ser apreciada pelo Poder Judiciário, e que as questões levantadas devem ser resolvidas internamente pela Liesa, tendo como base o seu estatuto.
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