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Ano de boas perspectivas para a música paraense; artistas falam de planos para expandir fronteiras

Felipe Cordeiro e Allex Ribeiro são nomes com projetos para levar a música do Pará para além das fronteiras em 2022

Thainá Dias
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Após anos difíceis de pandemia no setor cultural e para artistas, o ano de 2022 promete ser um ano de retomada e novos recomeços. Com grandes eventos voltando gradativamente, bandas e cantores voltam a rotina com grandes projetos e novidades no mundo da música. Como é o caso do cantor e compositor Allex Ribeiro e do músico Felipe Cordeiro, ambos de grande destaque na música paraense em 2021.

Uma grande novidade e felicidade na carreira de Allex é o trabalho que será lançado com seu ídolo, Zeca Baleiro. “Encontrei Zeca em São Paulo em novembro do ano passado e gravamos uma música, um clipe e ainda um minidocumentário sobre nosso encontro. Zeca e eu vamos lançar a canção ‘Coração de Mosquito’, música feita por mim e gravada por nós dois. Além disso, viramos parceiros musicais e já somos bons amigos. Volto a São Paulo para fazer alguns shows por lá”, destacou o cantor.

“Lancei também o disco ‘Verbalóide’, que teve na produção o Rick Ferreira, guitarrista do próprio Raul Seixas e de grandes nomes da música nacional, como Belchior, Zé Ramalho e Erasmo Carlos. As dificuldades na vida de um artista independente sempre são grandes. Conseguir engajamento, por exemplo, nas plataformas de áudio e vídeo, é uma luta imensa. Há artistas incríveis que não conseguem aparecer para o grande público. Há muito investimento, por parte da indústria, em artistas de determinados ritmos e outros ficam completamente sem nada, tendo que se virar sozinhos. Isso é complicado para quem acredita que dá pra viver de música. No Pará isso é parente. Não tenho do que me queixar, pois me sinto privilegiado por ter parceiros incríveis, mas sei que não é nada fácil buscar incentivo”, confessou o artista.

image Allex Ribeiro (San Marcelo/ Divulgação)

Em relação às dificuldades que artistas paraenses enfrentam, Allex destacou que “nós somos historicamente esquecidos. Essa é uma atitude do colonizador que apaga os holofotes que apontam em nossa direção. Quem são os artistas mais 'queridos' do Brasil’ Quantos deles são daqui? Agora, quais artistas daqui tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos nos grandes veículos de comunicação de massa? São perguntas que já sabemos a resposta. Esse esquecimento cultural é proposital”, explicou o cantor.

Para 2022, ele garante que os fãs podem esperar muito amor e muita música. “No ano de 2022 lanço meu disco mais lírico, com produção do Zeca Baleiro. Não canto por cantar, tenho um motivo, tenho um ofício que é maior do que muitos sonhos meus. Não sou músico, sou música”.

Felipe Cordeiro vai rodar o país em 2022

Outro artista paraense que pretende expandir ainda mais as fronteiras em 2022 é o músico Felipe Cordeiro. “Estou com um projeto que vai rodar o Brasil, mas não vou esquecer o Pará. Minhas pretensões são viver ativamente pelo país e pelo meu Pará. O mercado musical paraense tem muitos desafios. Precisamos criar uma rede, conscientizar o quanto nosso mercado interno, nossa cultura são importantes. É fundamental que exista uma inteligência coletiva, para entender que cada artista tem um papel importante aqui dentro”, detalhou.

Felipe comenta sobre as dificuldades que a região Norte pode enfrentar na música. “Existe uma dificuldade, em premiações nacionais, de entender que existe uma produção consistente e forte por aqui. O sudeste basicamente não conhece muita coisa daqui. Eles não entendem que existe na Amazônia e que essa produção cultural é fortíssima, criativa. Nossa produção é uma das mais criativas do país. É um problema histórico nosso, infelizmente. Para o próximo ano, eu espero lançar músicas, videoclipes novos e me conectar cada vez mais com as pessoas na medida que essa retomada ficar mais segura”, concluiu. 

 

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