Ano de 2022 marca o fôlego dos artistas após período crítico da pandemia

Úrsula Vidal e Arthur Espindola fazem uma avaliação das políticas públicas de 2022

Bruna Lima
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O ano está se encerrando e é hora de avaliar o que vem sendo realizado no setor cultural, já que foi um setor que sofreu consideravelmente em decorrência da pandemia do novo coronavírus. A reportagem conversou com a ex-secretária Úrsula Vidal, que deixou a secretaria no mês de abril para se candidatar a deputada federal, para fazer uma avaliação do que vem sendo realizado.

A ex-secretária diz que a gestão do Governo Helder tem mostrado que a prioridade são as pessoas. "Garantir direitos, descentralização dos investimentos, fortalecimento dos territórios e das iniciativas da sociedade civil, são pessoas que produzem cultura. Cuidamos do patrimônio histórico, com investimentos significativos em preservação e restauro, mas também construímos projetos para o futuro, que trarão mais acesso ao lazer, ao turismo e à prática e fruição das artes para milhares de pessoas", pontua a ex-secretária.

Ainda sobre as ações, ela disse que durante o período em que esteve à frente da secretaria, as ações já consolidadas foram consolidadas, sem descontinuá-las, como a Feira do Livro e o Festival de Ópera, garantindo a representatividade das vozes e do talento criativo de uma parte da comunidade historicamente silenciada e socialmente excluída.

"Trouxemos a periferia e a cultura popular para a centralidade das políticas públicas. Intensificamos o diálogo, produzimos uma cartografia dos fazedores de cultura do estado num mapa aberto com mais 34 mil trabalhadoras e trabalhadores desta imensa rede que produz identidade, salvaguarda, inovação, trabalho e renda", acrescenta.

Ursula Vidal fez parte do Grupo de Trabalho de Cultura neste período de transição para o governo Lula. E destaca que colaborar com o GT de Cultura foi uma experiência rica e de reencontro com pessoas muito queridas e capacitadas, que lutam juntas pela garantia de recursos para a cultura brasileira, num contexto de ausência do Ministério, em plena pandemia.

"Remamos contra uma maré violenta, todas e todos juntos, e hoje o Brasil vive uma dinâmica de construção da política cultural muito mais participativa e imensamente mais descentralizada", garante.

Sobre esse período difícil, o cantor e compositor Arthur Espíndola, que é um artista independente, diz que as políticas públicas nesse período foram de grande importância para os trabalhadores da arte, uma vez que ficaram impossibilitados de trabalhar e não tinham como arrecadar dinheiro para o sustento da família.

"As políticas que surgiram nesse período foram de grande importância para aliviar a situação dos profissionais. Pois estávamos impossibilitados de trabalhar e não sabíamos como fazer para levantar algum recurso", destaca o artista.

Para Espindola, seria muito importante que muitos dos editais que surgiram no período mais crítico da pandemia continuassem.

Outro ponto importante colocado pelo artista foi a volta dos eventos. Ele diz que o retorno mostra o quanto o público necessita de arte e cultura, pois os eventos que organiza estão sempre com um grande público. "A gente consegue perceber o quanto as pessoas estavam com saudade e precisando desse contato. Hoje em dia eu tenho até dificuldade para contratar alguns profissionais em decorrência de agenda cheia", considera o artista.

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