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A arte dos mestres ribeirinhos em exposição e lançamento na COP 30

Instituto Letras que Flutuam apresenta livro que marca o centenário da tradição gráfica amazônica

O Liberal
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Voltado para a cultura ribeirinha, o Instituto Letras que Flutuam apresenta, neste período da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), diversos eventos na Green Zone. Com presença em múltiplas frentes, estarão disponíveis a coleção de produtos inspirados na tipografia ribeirinha, o relançamento do livro Letras que Flutuam e a exibição do documentário Marajó das Letras.

Além da Green Zone, a partir do dia 10 de novembro, o Canto do Letras, na Prana Tropical, também estará com demandas do instituto.

No Canto do Letras, estará exposta e à venda uma coleção de produtos inspirados na tipografia ribeirinha. Já na Green Zone, dentro da programação oficial da conferência mundial, haverá painéis, o relançamento do livro Letras que Flutuam e a exibição do documentário Marajó das Letras.

A obra tem como referência os barcos que cruzam os rios da Amazônia. Eles carregam não só mercadorias e pessoas, mas também uma forma de escrita que se tornou símbolo visual da região: as letras pintadas à mão por mestres abridores. Essa arte é o ponto de partida do livro Letras que Flutuam, que reúne mais de 20 anos de pesquisa sobre essa arte gráfica amazônica e que agora ganha uma edição comemorativa em 2025, no centenário dessa tradição.

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“O livro não é apenas sobre técnica,é memória viva”, afirma Fernanda Martins, presidente do Instituto. “Muitos dos mestres que entrevistamos já faleceram, alguns durante a pandemia. Essa obra garante que suas vozes, seus saberes e sua arte não desapareçam.”

A nova edição, patrocinada pela Caixa e pelo Sebrae, teve tiragem de dois mil exemplares. Parte foi destinada a bibliotecas públicas e comunitárias, e mil cópias ficaram com o Instituto, cuja venda durante a COP30 ajuda a financiar suas ações culturais e de preservação da arte dos abridores.

Na Green Zone, o Instituto marca presença no estande da Taberna Amazônica e no Brasil Bio Market. Nos dois, estarão disponíveis o livro Letras que Flutuam; na Casa Pará, com o relançamento da obra, a exibição do documentário Marajó das Letras e uma demonstração ao vivo da arte de abrir letras; já no espaço Sebrae, no dia 15 de novembro, às 17h, terá um painel sobre cultura e floresta em pé. A atividade discutirá como a valorização da cultura ribeirinha e o reconhecimento dos abridores de letras fortalecem a permanência no território, geram renda e reduzem o êxodo para as grandes cidades.

“A renda da venda dos livros e produtos reverte para o próprio Instituto, fortalecendo as ações de valorização dessa arte e dos mestres que a mantêm viva”, reforça Fernanda. “É um gesto de continuidade. O livro, os objetos e o painel são formas diferentes de garantir que essas letras sigam navegando.”

No Canto do Letras, o Instituto apresenta peças que transformam a tradição em produtos de moda de baixo impacto e alto sentido cultural: camisas, agendas, cadernetas, letras recortadas, placas de madeira de barco reaproveitada com letreiros, letras em miriti e impressos desenvolvidos em parceria com mestres artesãos ribeirinhos do Pará.

 “São produtos que valorizam a cultura tradicional em prol de quem detém o saber, os mestres ribeirinhos. É uma forma de incluí-los no mercado de moda, gerando renda e reconhecimento. Por isso, é fundamental que as pessoas apoiem o projeto e façam esse consumo consciente. O lucro dos produtos fica integralmente com os artesãos, e isso faz uma grande diferença na vida deles”, destaca Fernanda Martins.

 

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