Exposição de Geraldo Teixeira tem abertura adiada por conta de enchentes
"Alegoria" seria aberta nesta quinta-feira, no Espaço Cultural Lourdes Malcher
"Alegoria", nova exposição de Geraldo Teixeira, teve sua abertura adiada para o dia 26 de março, às 19h. Em nota divulgada nas redes sociais, o artista alega que o motivo são as fortes chuvas que atingem Belém nos últimos dias. A mostra seria aberta nesta quinta-feira, 12, no Espaço Cultural Lourdes Malcher (Gama Malcher Advocacia).
Com uma carreira de décadas nas artes plásticas, Geraldo destaca que as obras em exposição fazem parte de um recorte recente de seu trabalho, onde explora a visualidade da cidade.
“A paisagem da cidade nos oferece muita coisa: são roupas, paredes, e quando você coloca esse nome na mostra, na verdade coloca em uma situação em que está representando esses elementos a partir de alegorias”, destaca. “Tem toda essa padronagem da cidade para fazer a representação das telas. A paisagem da cidade está muito presente no sentido sensorial”.
Geraldo retornou recentemente de uma exposição em Lisboa, Portugal, e também destaca que ambientes como o Espaço Cultural Lourdes Malcher são importantes pela experiência sensorial que criam.
“É sempre bom e importante que a arte seja divulgada e veiculada em qualquer situação. No caso desse espaço é sair um pouco de galerias e museus, porque a arte tem que estar onde as pessoas estão; você sempre tem que estar no caminho das pessoas”, diz Geraldo.
Mufarrej, curador do espaço, explica que os sete trabalhos presentes na mostra foram concebidos entre 2018 e 2020. Geraldo, que normalmente produz obras em grande escala, conta que desta vez o desafio foi pintar quadros menores, devido as dimensões do espaço. Dessa forma, em “Alegoria” estão presentes apenas obras inéditas.
Alguns dos quadros em exposição são “Nimphaea 1.” e “Ponte”, ambos de dimensões 60x60cm e técnica mista.
Mufarrej vem desenvolvendo a curadoria do Espaço Lourdes Malcher desde 2019, e destaca que desde a última exposição, um dos objetivos passou a ser o de trazer para o circuito, trabalhos de artistas amazônidas que tiveram sua ascensão na década de 1980.
“É uma dinâmica de convivência com a arte, porque é um escritório, e dentro desse hall a gente acaba trazendo criando essa experiência”, destaca Mufarrej.
Ele relembra que o processo curatorial para a mostra começou com uma entrevista, considerando a extensão temporal da produção de Geraldo. A partir da entrevista foi feito então um recorte, até que os dois chegassem a séries que possibilitariam o trabalho no local.
“O Geraldo tem uma trajetória muito longa, então esse processo de curadoria se dá no diálogo. O meu perfil de curador parte de uma conversa, então vou elencando as obras a partir de um contexto”, explica Mufarrej. “No caso do Geraldo a gente estava muito interessado em mostrar a questão cromática, uma pesquisa mais recente das coisas que ele tem trabalhado”.
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