Artista dinamarquês leva escultura sobre Trump às ruas durante a 'Marcha Global pelo Clima' em Belém
Artista Jens Galschiet apresenta obra que critica influência política sobre metas ambientais da COP 30
Neste sábado (15), a “Marcha Global pelo Clima” reuniu milhares de pessoas em Belém e foi acompanhada por diversas formas de manifestação artística e política ao longo de seu trajeto. Uma das ações que chamou atenção foi a presença do artista dinamarquês Jens Galschiet, que apresentou uma escultura intitulada “A Praga Laranja”, inspirada nas ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não se ausentou da conferência.
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A obra, que esteve exposta durante a marcha, retrata a figura do presidente norte-americano sobre as costas de um homem que afunda sob seu peso. “Estou em um grupo de artistas de Dinamarca. Temos essa escultura do Donald Trump ao lado, em cima de um homem pobre. O homem pequeno, [que pode ser como] você, ou eu, e a climática, tudo o que ele quer pesar. Temos que estar juntos contra o Trump para fazer um mundo melhor”, afirmou Galschiet.
A escultura é acompanhada de uma explicação poética, que o artista utiliza para contextualizar a mensagem da obra. “Estou sentado nas costas de um homem. Ele está afundando sob o peso. Eu faria qualquer coisa para ajudá-lo, exceto descer de suas costas. – O Rei da Injustiça”, descreve o texto da obra. Para o artista, a obra simboliza as pressões políticas e econômicas que dificultam o enfrentamento da crise climática global.
Uma placa instalada ao lado da escultura reforça a crítica e contextualiza a mensagem no cenário da COP 30, realizada este ano em Belém. O texto afirma que, após o Acordo de Paris, as nações deveriam apresentar novas metas climáticas para 2035, destinadas a manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C. O material também destaca que fatores como a influência de Trump, dos Estados Unidos e da indústria petrolífera têm impacto direto nos esforços internacionais, atrasando avanços e pressionando países a reduzir compromissos ambientais.
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