'Blitz aérea': passageira filma caça da FAB se aproximando de voo particular
O piloto da FAB questionou o comandante do avião particular sobre a procedência, o destino e a intenção do voo
Uma passageira que estava em um voo particular registrou, nesta terça-feira (23/12), um momento inusitado em vídeo. Durante a viagem, um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) se aproximou lateralmente do avião, causando espanto e curiosidade nos tripulantes. As imagens foram feitas pela médica Stéphanie Rizk, que estava indo em direção a Goiás.
No vídeo, é possível ver o caça da FAB se aproximando da aeronave particular, mantendo uma distância próxima, porém segura, ao lado da asa do avião. Em seguida, o caça mergulha para baixo e se afasta da aeronave.
O avião particular havia decolado do Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo (SP), em direção a Anápolis (GO). A médica filmou toda a cena e demonstrou preocupação. “Você está tranquila viajando, olha pela janela e olha o que vem chegando”, diz no vídeo. “Está muito perto, meu Deus do céu”, afirma antes do caça se afastar.
Stéphanie Rizk acreditava que a abordagem da aeronave da FAB fosse uma simulação. “Me deu medo real. Achávamos que era simulação, mas depois foi explicado que era interceptação. Parecia cena de filme. O avião era um King Air, e eu não sabia o que se passava, se tinham confundido, se tinham nos visto”, afirmou a médica em entrevista ao g1.
Blitz aérea
O comandante do avião particular, Francisco Carlos Miralles, que iniciou a carreira na aviação em 2011, explicou que a ação foi uma blitz aérea da FAB. “É como se fosse uma blitz de carro, porém aérea. O procedimento foi executado com maestria pela FAB e com toda a segurança. Se não avisássemos os passageiros, eles nem perceberiam”, relatou ao g1.
Inicialmente, o caça estava embaixo do avião particular, o que fez o comandante Francisco Miralles pensar que seria uma interceptação discreta, conforme relatado em entrevista ao g1. “Como eu percebi que poderia ter alguma coisa muito embaixo da gente, ou que o nosso equipamento estava indicando um erro embaixo da aeronave, resolvi fazer uma curva pela esquerda para dar uma olhada por baixo. E, para minha surpresa, tinha lá um F-5. Aí a gente começou todo o procedimento de interceptação”, completa.
O piloto da FAB questionou alguns detalhes do voo e permitiu a sequência da viagem, de acordo com o comandante do avião em que Stéphanie estava. “Após minha identificação, fui questionado quanto à procedência, o destino e a intenção do voo. Como tudo estava de acordo, a FAB nos deixou prosseguir. Para quem faz tudo certinho, é sempre um privilégio poder voar em ala com um F-5”, detalhou Francisco Carlos Miralles.
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