Última briga de Diaba Loira foi com traficante paraense Jhu do Pará; entenda a rivalidade

As duas eram amigas dentro do Comando Vermelho, mas se tornaram inimigas após a migração de Diaba Loira para o TCP

O Liberal
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A traficante Diaba Loira, morta na madrugada desta sexta-feira (15), tinha rivalidade direta com outra criminosa: a paraense Jhu do Pará. A briga entre as duas marcou uma das últimas disputas públicas da traficante envolvendo facções. A rivalidade teria começado após Diaba Loira deixar o Comando Vermelho (CV) e migrar para o Terceiro Comando Puro (TCP).

Natural de Belém, Jhu vive atualmente no Complexo do Alemão e ganhou notoriedade nas redes sociais após brigar publicamente com Diaba Loiral, que era sua amiga e aliada dentro do CV. A desavença veio à tona justamente quando Eweline Passos Rodrigues, a Diaba Loira, decidiu mudar de lado, sendo considerada traidora pelos ex-parceiros de organização.

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Segundo relatos de páginas ligadas ao cotidiano das comunidades cariocas, história entre Diaba Loira e Jhu do Pará começou como amizade. As duas, segundo rumores, eram aliadas quando ainda pertenciam ao Comando Vermelho. No entanto, tudo mudou quando Eweline trocou de facção e passou a integrar o TCP.

Desde então, Jhu teria rompido qualquer laço e passou a fazer postagens provocativas, criticando e ameaçando a ex-companheira de facção. O atrito virou público e chamou atenção dentro e fora do crime organizado, especialmente nas comunidades da Gardênia Azul e do Complexo do Alemão, onde ambas circularam nos últimos meses.

Horas após a notícia da execução de Eweline em Cascadura, Jhu do Pará apareceu nas redes sociais comemorando a morte da ex-amiga. A mensagem publicada gerou polêmica e viralizou em páginas de notícias. “Todos que trair nossa família o destino é esse 🔥”, escreveu.

“T*** loira, vai queimar no inferno, v******** 👱🏻‍♀️🔥🔥🔥🔥🔥👹”, completou em outra publicação. Ela também fez uma série de vídeos em tom de deboche comentando sobre a notícia.

Apesar da comemoração, não há confirmação oficial de envolvimento de Jhu na morte de Diaba Loira. A Polícia Civil do Rio segue investigando o caso.

Diaba Loira foi executada? O que se sabe até agora

O corpo de Eweline foi encontrado por moradores na Rua Cametá, fora da área do confronto entre o TCP e o CV, mas com sinais claros de execução. Vestida de preto e enrolada em um lençol, apresentava tiros na cabeça e no tórax. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra pessoas ao redor do corpo.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que ela tenha sido assassinada por rivais do CV como retaliação pela deserção. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e aguarda identificação oficial.

Quem era a Diaba Loira?

Antes de se tornar um rosto conhecido no submundo do tráfico, Eweline teve uma trajetória marcada por episódios de violência pessoal e criminalidade. Ela foi vítima de tentativa de feminicídio em Santa Catarina, onde seu ex-marido foi acusado de esfaqueá-la após uma briga envolvendo acusações de traição e desvio de dinheiro. A tentativa de homicídio a levou a uma cirurgia de emergência.

image Diaba Loira é morta após traição ao Comando Vermelho; entenda o caso (Reprodução/Redes Socias)

Após o caso, Eweline passou a ser investigada por tráfico de drogas em Tubarão (SC). Em 2023, foi presa duas vezes por envolvimento com facções criminosas, posse ilegal de armas e por planejar execuções. Chegou a usar tornozeleira eletrônica, mas logo se tornou foragida da Justiça.

No início de 2024, Eweline se mudou para o Rio de Janeiro e se abrigou em redutos do Comando Vermelho, como o Complexo do Alemão e a Gardênia Azul. Depois, rompeu com a facção e passou a integrar o TCP, tornando-se alvo dos antigos aliados.

Por que a Diaba Loira ficou famosa?

image Saiba quem era Diaba Loira, traficante morta após mudar de facção no Rio. (Divulgação/PC)

O apelido “Diaba Loira” surgiu após sua chegada ao Rio. A traficante chamava atenção nas redes sociais por postar vídeos portando fuzis e pistolas, frases de confronto e ameaças a rivais. Seu perfil chegou a reunir mais de 70 mil seguidores, com vídeos onde ostentava poder, ironizava facções e questionava a atuação da polícia. No entanto, sua fama cresceu após ela mudar de facção.

Eweline era alvo de investigações em dois estados: Santa Catarina e Rio de Janeiro. Entre os crimes atribuídos a ela estão:

  • Tráfico de drogas
  • Associação para o tráfico
  • Porte ilegal de armas
  • Formação de organização criminosa
  • Planejamento de homicídios

Segundo a polícia, em uma das prisões, ela foi flagrada a caminho da execução de um rival da facção. Chegou a responder em liberdade, mas após a revogação do benefício, desapareceu e passou a viver como foragida.

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