Diaba Loira é encontrada morta após tiroteio entre facções rivais TCP e CV; saiba quem era
Mulher foi localizada enrolada em um lençol com marcas de tiros na cabeça e no tórax; traficante ficou conhecida nas redes sociais após trocar o Comando Vermelho pelo Terceiro Comando Puro

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como "Diaba Loira", foi encontrada morta na madrugada desta sexta-feira (15/8), em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A mulher, ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP), teria sido executada após um confronto com rivais do Comando Vermelho (CV) nas comunidades do Fubá e Campinho. O corpo, com marcas de tiros na cabeça e no tórax, foi deixado na Rua Cametá, enrolado em um lençol.
Procurada pela polícia e conhecida nas redes sociais por ostentar armas de grosso calibre e frases provocativas, como "Não me entrego viva, só saio no caixão", Eweline era desertora do CV e teria mudado de lado nos últimos meses. A morte foi confirmada por familiares nas redes sociais, embora a Polícia Civil ainda aguarde a confirmação oficial da identidade por meio de perícia.
VEJA MAIS
O corpo de Eweline foi encontrado por moradores na Rua Cametá, fora da área do confronto entre o TCP e o CV, mas com sinais claros de execução. Vestida de preto e enrolada em um lençol, apresentava tiros na cabeça e no tórax. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra pessoas ao redor do corpo, e o caso ganhou repercussão rápida.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que ela tenha sido assassinada por rivais do CV como retaliação pela deserção. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e aguarda identificação oficial.
Quem era a Diaba Loira?
Antes de se tornar um rosto conhecido no submundo do tráfico, Eweline teve uma trajetória marcada por episódios de violência pessoal e criminalidade. Ela foi vítima de tentativa de feminicídio em Santa Catarina, onde seu ex-marido foi acusado de esfaqueá-la após uma briga envolvendo acusações de traição e desvio de dinheiro. A tentativa de homicídio a levou a uma cirurgia de emergência.
Após o caso, Eweline passou a ser investigada por tráfico de drogas em Tubarão (SC). Em 2023, foi presa duas vezes por envolvimento com facções criminosas, posse ilegal de armas e por planejar execuções. Chegou a usar tornozeleira eletrônica, mas logo se tornou foragida da Justiça.
No início de 2024, Eweline se mudou para o Rio de Janeiro e se abrigou em redutos do Comando Vermelho, como o Complexo do Alemão e a Gardênia Azul. Depois, rompeu com a facção e passou a integrar o TCP, tornando-se alvo dos antigos aliados.
Por que a Diaba Loira ficou famosa?
O apelido “Diaba Loira” surgiu após sua chegada ao Rio. A traficante chamava atenção nas redes sociais por postar vídeos portando fuzis e pistolas, frases de confronto e ameaças a rivais. Seu perfil chegou a reunir mais de 70 mil seguidores, com vídeos onde ostentava poder, ironizava facções e questionava a atuação da polícia. No entanto, sua fama cresceu após ela mudar de facção.
Eweline era alvo de investigações em dois estados: Santa Catarina e Rio de Janeiro. Entre os crimes atribuídos a ela estão:
- Tráfico de drogas
- Associação para o tráfico
- Porte ilegal de armas
- Formação de organização criminosa
- Planejamento de homicídios
Segundo a polícia, em uma das prisões, ela foi flagrada a caminho da execução de um rival da facção. Chegou a responder em liberdade, mas após a revogação do benefício, desapareceu e passou a viver como foragida.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA