Padre Kelmon pede R$ 500 mil de indenização por danos morais a Igreja Ortodoxa; entenda
Na ação, ele também pede direito de resposta

Padre Kelmon entrou com uma ação na Justiça contra a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, por causa de uma nota publicada em setembro de 2022. No documento, a igreja negava que ele fosse clérigo da instituição ou de outras ramificações da igreja ortodoxa no país. Kelmon pede indenização de R$ 500 mil por danos morais e direito de resposta.
Candidato à Presidência da República pelo PTB nas eleições de 2022, Kelmon foi questionado várias vezes durante a campanha depois que ele se registrou na Justiça Eleitoral como padre. Após um dos debates, a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil se manifestou, informando ele não integrava nenhuma paróquia, comunidade, missão ou obra social da instituição, e nem mesmo havia sido seminarista ou integrante do clero no Brasil ou em qualquer outro país.
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também afastou qualquer vínculo de Padre Kelmon com a Igreja Católica. O então candidato afirmava pertencer à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, o que acabou sendo confirmado pelo arcebispo da instituição, Ángel Ernesto Morán Vidal. Kelmon. Porém, em dezembro do ano passado, Kelmon pediu a excardinação da instituição e ingressou na Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior.
A Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil confirmou ter recebido “com muita surpresa”, há cerca de duas semanas, a notificação do processo. Segundo o padre Caio Queiroz. a nota divulgada durante a campanha eleitoral buscava desvincular a imagem de Kelmon às vestes religiosas da igreja, já que sua candidatura havia ganhado proporção nacional. “Mas nunca questionamos o sacerdócio dele".
A instituição ainda não tem advogado constituído para o caso.
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