Duas pessoas são presas após ameaça de bomba durante show da Lady Gaga no Rio; entenda
Polícia Civil interceptou o suspeito com faca, soqueira e artefato incendiário a poucos metros do palco montado em Copacabana. Além dele, um adolescente foi apreendido.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na noite de sábado (3), um homem de 29 anos suspeito de planejar um atentado durante o show gratuito da cantora Lady Gaga, realizado na praia de Copacabana. Ele foi detido com uma faca, uma soqueira de ferro e um artefato incendiário, nas proximidades do palco, momentos antes da apresentação. Além do suspeito, um adolescente também foi detido.
A ação foi conduzida por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), que chegaram ao suspeito após monitoramento de publicações suspeitas em redes sociais. As postagens levantaram a possibilidade de um ataque ao evento, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas, segundo estimativas da Riotur.
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O Suspeito e o Material Apreendido
O homem de 29 anos foi detido nas proximidades do palco, minutos antes do show começar, com uma faca de 20 cm, uma soqueira de ferro, uma garrafa PET contendo líquido inflamável e um pano que seria usado como estopim. A polícia acredita que o material apreendido poderia ser transformado em uma bomba caseira. O suspeito permanece preso e deve responder por porte de arma branca, posse de artefato incendiário e ameaça à segurança pública.
Investigação e Apreensões: Como o Ataque Foi Impedido
A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), foi resultado de um monitoramento intensivo das redes sociais, onde postagens suspeitas indicaram a possibilidade de um ataque. A Polícia Civil investiga como o suspeito agiu e se há outros envolvidos no plano. Durante a ação, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias cidades, incluindo Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, além de locais no estado de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Fake Monster: O Nome da Operação e o Grupo Criminoso
A operação recebeu o nome de "Fake Monster" em alusão aos fãs de Lady Gaga, conhecidos como "little monsters" (pequenos monstrinhos). De acordo com a polícia, o grupo criminoso envolvido no plano de ataque estava recrutando participantes, inclusive adolescentes, através de plataformas digitais. A intenção do grupo era realizar ataques coordenados com coquetéis molotov e explosivos improvisados, com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais e promover discursos de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
Colaboração e Fortalecimento da Segurança Pública
A operação contou com a colaboração de diversos órgãos de segurança pública, incluindo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e as polícias locais dos estados envolvidos. Mais de 4 mil agentes, incluindo policiais civis, militares, guardas municipais e equipes da CET-Rio, participaram da segurança do evento, garantindo a proteção dos frequentadores e a prevenção de incidentes.
Ameaças Digitais: O Papel da Inteligência Cibernética
A identificação da ameaça foi possível graças ao trabalho da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), que produziu um relatório técnico sobre as ameaças digitais. A operação foi planejada para ser discreta, evitando pânico e distorção de informações entre os milhares de fãs presentes no evento.
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