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Mulher tem compressa esquecida dentro do corpo depois do parto; entenda o caso

Depois de três semanas de sangramentos e febre alta, o pedaço de tecido foi retirado da vagina. O erro aconteceu no Hospital da Mulher de São Bernardo

Pedro Ribeiro

Raíssa Falosi Santos, de 20 anos, está traumatizada após perceber que uma compressa foi deixada no corpo durante o nascimento da primeira filha. O caso ocorreu no Hospital da Mulher, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A compressa teria sido deixada na vagina após a jovem ter sido submetida a um parto normal, seguido do procedimento de colocação de DIU, no dia 18 de março. Seis dias depois, no 24 de março, ela voltou ao hospital com dores no corpo e febre alta.

Para a paciente, a médica disse que a dor era causada pelos pontos abertos e Raíssa foi orientada a voltar para casa, após ter feito uma nova sutura. Os sintomas não melhoraram e o material esquecido só foi descoberto no dia 6 de maio, 19 dias depois do parto, pela própria paciente.

“Estava com muita dificuldade de andar, um sangramento fora do normal. […] Eu estava no banho e o sangramento começou muito forte e meu corpo começou a expulsar o pano”, disse a jovem em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.

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Compressa removida

Raissa retornou ao Hospital da Mulher, onde teve toda a compressa retirada. O material foi removido com coágulos que haviam se formado na vagina da paciente. Também foi retirado o DIU para evitar a proliferação de bactérias no local e futuras infecções. Na última terça-feira (09/4), a paciente procurou a Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência e realizou um exame de corpo delito no Instituto Médico Legal.

Agora, Raíssa tenta se recuperar do trauma. “Estou tentando não pensar muito que hoje minha filha poderia estar sem a mãe”, relatou.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo, que é responsável pelo hospital, afirmou que, após o parto, a paciente foi atendida em consulta, quando foi percebida a presença de “corpo estranho” — que, segundo o hospital, foi imediatamente retirado.

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Afastamento de médica

Em seguida, diz a nota, foi feita limpeza com antisséptico apropriado do canal vaginal. Também foi realizada revisão dos pontos do parto, “que estavam íntegros, não havendo sinais de infecção ginecológica”, informou o hospital.

A prefeitura disse, ainda, que a médica responsável pelo atendimento da Raíssa deixou de fazer parte do quadro de funcionários desde o dia da descoberta do erro.

(*Pedro Ribeiro, estagiário de jornalismo, sob supervisão da editora web de oliberal.com Rayanne Bulhões)

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