MP cobra explicações do Conselho Tutelar sobre atendimento à menina de 6 anos morta após abuso

Prazo de 10 dias foi dado para envio de documentos que detalham acompanhamento de Emanuelly Victória Souza Moura desde 2020; relembre o caso

Hannah Franco
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O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS) determinou que o Conselho Tutelar da Região Sul de Campo Grande envie, em até 10 dias úteis, informações sobre os atendimentos prestados à menina Emanuelly Victória Souza Moura, de 6 anos, desde 2020. O prazo começou a contar na última sexta-feira (29/8).

Emanuelly foi sequestrada, estuprada e morta na noite de quarta-feira (27/8), em uma casa na Vila Carvalho, em Campo Grande. O corpo da criança foi encontrado escondido sob uma cama, enrolado em cobertas e dentro de uma banheira para bebê. O principal suspeito, Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, conhecido da família e com histórico de abusos contra crianças, fugiu após o crime e morreu em confronto com a polícia na manhã seguinte.

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A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo da Infância e da Juventude do MPE, Fabrícia Barbosa Lima, explicou que foi aberto um procedimento para apurar se houve falhas no atendimento da rede de proteção, incluindo o Conselho Tutelar, e se isso contribuiu para o desfecho trágico. As informações são do G1.

“A promotoria solicitou os documentos e informações, e só com esses dados poderemos definir os próximos passos da investigação”, disse a promotora. Ela ressaltou que é preciso aguardar o prazo legal para análise.

Fabrícia reforçou que omissões na rede de proteção podem levar à responsabilização, incluindo afastamento ou punições aos conselheiros tutelares, mas destacou que ainda não há confirmação de falhas no caso.

“Não temos elementos que comprovem falha no atendimento até o momento. O acolhimento institucional é uma medida adotada em situações graves e urgentes, e não sabemos se teria sido necessária aqui”, afirmou.

Emanuelly desapareceu na manhã de quarta-feira (27), quando foi vista pela última vez caminhando com o suspeito por volta das 8h30, segundo imagens de câmeras de segurança. Moradores reconheceram o homem e indicaram seu endereço. A polícia encontrou o corpo da menina após buscas.

O MPE lamentou o ocorrido e reforçou que, se forem encontradas falhas no sistema de garantia de direitos, os responsáveis serão punidos.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, Emanuelly foi vítima de abusos sexuais repetidos antes de ser morta por esganamento. A família, residente na Vila Taquarussu, acionou a polícia no início da noite ao perceber o desaparecimento da menina. Imagens de câmeras de segurança registraram Emanuelly caminhando com o suspeito por volta das 8h30 da manhã.

Moradores reconheceram o homem e informaram que ele vivia na Vila Carvalho. A polícia foi até o local, encontrou a casa vazia e documentos com o nome do suspeito. Ao retornar, os agentes identificaram marcas de chinelo com barro e seguiram com as buscas.

O corpo da criança foi localizado em um dos quartos, enrolado em uma coberta com fitas adesivas, dentro de uma banheira de bebê, sob a cama. A área foi isolada para perícia. O pai da menina foi levado à delegacia para prestar depoimento sobre o desaparecimento.

O autor do crime, Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, morreu na manhã de quinta-feira (28/8) em confronto com policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) da Polícia Civil. Segundo a polícia, ele tinha histórico de abusos contra crianças.

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