Justiça concede guarda da filha de Sara Mariano para família do pai, suspeito de matar cantora
Decisão foi proferida nesta terça-feira. Família materna vai vai recorrer

Em decisão proferida nesta terça-feira (12), por meio de uma liminar, o Tribunal de Justiça da Bahia concedeu a guarda provisória da filha de Sara Mariano à família do pai da menina, Ederlan Mariano, suspeito de matar a cantora gospel. Os familiares da cantora entrarão com recurso, informou a advogada Sarah Barros, em entrevista ao Portal UOL.
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"Deixar a criança com a família paterna é deixar nesta criança a esperança de um pai inocente, algo que a família materna acredita que ele não é. A família acha que mais para frente a criança pode optar ou definir os laços com o pai, mas nesse momento, ela não deveria ser alimentada a acreditar que o pai é inocente, porque Ederlan matou Sara e isso a gente não tem nenhuma dúvida", disse a advogada, que representa a família materna.
Ainda segundo a advogada, a avó materna da criança, Dolores Freitas, lamentou que sairia da Bahia com uma filha carbonizada, com um caixão que sequer foi aberto e sem a neta. "Sair sem a neta acabaria com o vínculo materno, uma tentativa de apagar a ligação da criança com a família materna", disse Sarah Barros.
A criança tem 11 anos e já está com a família paterna. Em uma publicação nas redes sociais, o advogado Otto Lopes, que defende Ederlan Mariano, divulgou trechos de um documento que seria a decisão da Justiça. Segundo ele, foi determinado que a guarda provisória será exercida apenas pelos avós paternos e a decisão não inclui o pai da criança.
Relembre o caso
A cantora gospel Sara Mariano foi encontrada morta no dia 27 de outubro, três dias depois do seu desaparecimento ter sido registrado. O corpo da vítima estava carbonizado.
O principal investigado pelo crime é o marido da cantora, Ederlan Santos Mariano, detido no dia 28 de outubro, um dia depois do corpo ter sido encontrado. Ele admitiu o assassinato, segundo os delegados que investigam o caso, mas a defesa nega a confissão. Outras pessoas também são suspeitas de participação no crime, inclusive um bispo que era amigo da vítima.
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