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Golpistas se infiltram em grupo da família no WhatsApp e causam prejuízo de R$ 32,5 mil; entenda

Os investigados vão responder por associação criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro

Luciana Carvalho
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Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Civil deflagrou uma operação para cumprir oito mandatos de busca e apreensão e três ordens de sequestro de valores em contas bancárias contra membros de um grupo criminoso suspeito de fraudes eletrônicas contra vítimas do Distrito Federal. As informações são do portal Metrópoles.

Além do Distrito Federal, os mandados também estão sendo cumpridos nas cidades de Cuiabá (MT), Araçatuba (SP), Glicério (SP), Birigui (SP) e Coroados (SP). A operação conta com o apoio das Polícias Civis de São Paulo (PCSP) e de Mato Grosso (PCMT).

O golpe

Em um golpe aplicado pelo WhatsApp contra uma família do Distrito Federal, os criminosos fizeram contato com um parente, usando um número de celular com a foto da vítima. Com o argumento de que aquele seria o novo número, o golpista solicitou a um dos familiares que o inserisse nos grupos de pessoas mais próximas. Depois, ao se infiltrar no WhatsApp, coletou informações para dar credibilidade na história e passou a solicitar empréstimos em mensagens privadas.

Inicialmente, o estelionatário solicitou um Pix de R$ 20 mil à irmã da vítima. Depois, entrou em contato com a mãe e pediu mais R$ 2.580. Por fim, mandou mensagem ao pai, pedindo outros R$ 10 mil.

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A vítima, uma analista de controladoria, diz que somente desconfiou do golpe depois de efetuar o pagamento de R$ 157,00 via PIX e não receber mais retorno da empresa, com a qual ela fazia contato via Whatsapp

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Com essa estratégia, o criminoso conseguiu três transferências via Pix, totalizando um desvio de R$ 32,5 mil da mesma família. Quando a verdadeira vítima percebeu que alguém se passava por ele, já era tarde. Os valores já haviam sido transferidos.

Buscando dificultar que o crime fosse descoberto, o grupo agia em diferentes cidades e estados. Contudo, a investigação comprovou que as mensagens se originaram da casa de um dos investigados, em Cuiabá. As contas usadas para receber os depósitos eram de pessoas do interior de São Paulo.

A investigação também chegou aos beneficiários finais dos valores desviados. Após serem recebidos em contas de laranjas, o dinheiro era imediatamente enviado para os chefes do esquema.

Todos as pessoas identificadas acabaram indiciados por associação criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Como evitar cair em golpes pelo WhatsApp?

De acordo com o delegado Erick Sallum da 9ª DP, a investigação mostra a atual realidade das fraudes eletrônicas e a dificuldade nessas investigações, pois os criminosos moram em outras cidades, exigindo profunda atividade de inteligência e cooperação entre as Polícias Civis.

“É importante notar que aplicativos de chat e de transferência bancária são ferramentas novas. Veja que o WhatsApp foi lançado em 2009, e o Pix, em 2020. Sendo assim, as atuais vítimas desses golpes viveram a maior parte de suas vidas numa época em que não existiam essas tecnologias. Nessa lógica, as pessoas precisam ter calma quando receberem solicitações de dinheiro. Façam da maneira antiga, converse pessoalmente, ligue e escute a voz do solicitante, verifique antes de fazer transferências. Não se deixe conduzir pela pressa do criminoso”, orienta o delegado.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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