Criança brasileira perde dedos após agressão dentro de escola em Portugal

Mãe denuncia bullying recorrente e falta de resposta da escola após ataque que amputou três dedos do menino de nove anos

Hannah Franco
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Uma criança brasileira de nove anos teve as pontas de três dedos da mão esquerda amputadas após ser agredida por colegas na Escola Básica de Fonte Coberta, no distrito de Viseu, no norte de Portugal. O caso ocorreu na segunda-feira (10/11), durante o intervalo da manhã, quando o menino foi perseguido por outros alunos no banheiro da instituição.

A mãe da criança, a brasileira Nivia Estevam, afirma que já havia denunciado episódios anteriores de bullying envolvendo o filho, incluindo puxões de cabelo e pontapés. Segundo ela, as queixas foram feitas aos docentes do Agrupamento de Escolas de Souselo, mas não resultaram em providências efetivas. A mãe relata que os relatos do garoto eram desconsiderados e que a escola negava a existência de agressões.

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Menino teve dedos esmagados em porta de banheiro

De acordo com Nivia, o ataque mais grave aconteceu quando dois alunos fecharam a porta do banheiro sobre a mão do menino, provocando o esmagamento e a amputação imediata das pontas de três dedos. Ela conta que o filho tentou abrir a porta, mas não conseguiu porque as crianças a seguravam.

“Ele me disse que ficou desesperado, sangrando muito, e que fez força para a porta abrir, mas não conseguiu. No instinto de sobrevivência, meu filho se arrastou por baixo da porta, gritando por ajuda, enquanto as crianças corriam também”, relatou Nivia em entrevista ao portal Opera Mundi. Uma funcionária encontrou o estudante, mas passou mal ao ver a lesão e precisou ser substituída por outra colaboradora.

A família mora a cerca de quatro minutos da escola, mas, segundo Nivia, não foi avisada sobre a gravidade da situação. Ela só soube da extensão das lesões quando o filho já estava dentro da ambulância, a caminho do Hospital de São João, no Porto. A mãe acusa a instituição de ensino de falta de transparência e de não ter tomado medidas diante das denúncias anteriores de violência.

Nivia, que tem dupla nacionalidade e vive em Viseu há cinco meses com a família, conta que já havia registrado uma queixa na polícia. Mesmo assim, decidiu tornar o caso público após perceber que algumas mães tentavam minimizar o episódio.

Ela divulgou, em seu perfil no Instagram, a resposta de uma responsável por uma das crianças envolvidas. Na mensagem, enviada em um grupo de WhatsApp, a mulher afirma que “antes de julgamentos”, seria necessário ouvir “as versões dos dois lados”, porque “há crianças dos dois lados”.

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