Carta de Natal escrita por jovem morto por leoa em João Pessoa emociona nas redes; veja o que diz
Texto revela sonhos simples e desejo por afeto. Jovem tinha 19 anos e diagnóstico de esquizofrenia
Uma carta de Natal escrita por Gerson de Melo Machado, conhecido como Vaqueirinho, jovem que morreu após invadir o recinto de uma leoa em João Pessoa, comoveu internautas nas redes sociais. O conteúdo foi divulgado na última terça-feira (16) pela conselheira tutelar da socioeducação, Verônica Oliveira, que acompanhava o rapaz desde a infância.
No texto, produzido em uma atividade escolar com o tema “Desejo do coração”, Gerson expressa um pedido que chama atenção pela simplicidade e profundidade: “Eu queria ter uma felicidade grande que nunca tive”.
Sonhos interrompidos e pedidos por afeto
Ao longo da carta, o jovem revela vontades que refletem carências emocionais e sonhos profissionais. Ele escreve sobre o desejo de reencontrar a mãe e receber o carinho que afirma nunca ter tido. Também menciona planos para o futuro, como se tornar policial florestal ou veterinário, profissões ligadas ao cuidado e à natureza.
VEJA MAIS
O texto termina com votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo, reforçando o tom sensível e esperançoso da mensagem, escrita pouco antes de sua morte.
Professora foi lembrada com agradecimento
Na publicação feita no Instagram, Verônica contou que recebeu a carta da professora Margarete, do Centro Educacional do Adolescente (CEA), onde Gerson estudava. Segundo ela, o jovem fez questão de agradecer à educadora no texto.
“Como doeu ler essa carta cheia de significados e recados”, escreveu a conselheira ao compartilhar a imagem do manuscrito, que rapidamente gerou repercussão e mensagens de comoção.
Morte aconteceu após invasão a recinto de animal
Gerson morreu aos 19 anos, em novembro, após invadir a área de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, na capital paraibana. O caso teve grande repercussão e levantou debates sobre saúde mental, segurança em espaços públicos e acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade.
De acordo com Verônica Oliveira, o jovem tinha diagnóstico de esquizofrenia e era acompanhado por ela desde os 10 anos.
(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA