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Buscas por indigenista e jornalista inglês entram no 6º dia; confira tudo o que se sabe sobre o caso

Os dois foram vistos, pela última vez, no domingo (5), quando navegavam pela Terra Indígena Vale Javari, no Amazonas

Fernando Assunção
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As buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips continuam neste sábado (11). Os dois foram vistos, pela última vez no domingo (5), quando navegavam pela Terra Indígena Vale Javari, no Amazonas.

A procura teve início no próprio domingo por integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Como não conseguiram localizá-los, alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda.

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Bruno e Phillips foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. De lá, partiram para Atalaia do Norte, viagem que dura cerca de duas horas, mas não chegaram ao destino.

"Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas", diz o texto da Univaja.

Dom Phillips escreve para o jornal “The Guardian” e Bruno Pereira é servidor da Funai.

Investigação encontrou “material orgânico aparentemente humano”

 

As equipes que trabalham nas buscas pelo indigenista e pelo jornalista britânico encontraram um "material orgânico aparentemente humano", no rio, próximo ao porto de Atalaia do Norte, na sexta (10). A Polícia Federal encaminhou o material para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF.

Cerca de 250 homens do Exército, Marinha, Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e a Polícia Federal atuam nas buscas. Duas aeronaves, três drones e 20 viaturas foram deslocadas ao município para prestar apoio às investigações.

Na última quarta (7), em coletiva de imprensa, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, afirmou que nenhuma linha de investigação foi descartada. A PF instaurou um inquérito para apurar o caso.

Prisão

 

Amarildo da Costa de Oliveira foi preso na terça (7) sob suspeita de envolvimento no desaparecimento. Ele é a única pessoa detida até o momento na investigação.

Inicialmente, foi detido por posse ilegal de armas, mas depois a polícia passou a considerá-lo um suspeito pelo desaparecimento de Phillips e Pereira.

A família de Amarildo afirma que ele é inocente e que foi torturado pelos policiais que o prenderam para forçá-lo a confessar. 

Paulo Marubo, presidente da Unijava, afirma que Amarildo e dois outros homens foram fotografados por Dom Phillips quando estavam com armas e gesticulavam mostrando o armamento. 

De acordo com os familiares, Amarildo não tem registro criminal e ele só foi detido uma única vez, por suspeita de ter transportado drogas.

Histórico de violência

 

A área onde eles sumiram é palco de conflitos, relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal, e tem histórico de assassinato de um outro agente de órgão federal: Maxciel Pereira dos Santos, também servidor da Funai, morto a tiros em 2019.

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A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que relatou o desaparecimento, afirma também que os dois vinham recebendo ameaças

 

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