Jovem que recebeu alta um dia antes de falecer estava infartando há três dias
Mulher foi diagnosticada com crise de ansiedade e estresse mesmo com exames que constataram alteração cardíaca. Laudo do IML, apontou que ela sofria de infarto há pelo menos três dias

Uma jovem de 21 anos, identificada como Camila Messias Moraes, faleceu após estar infartando há pelo menos três dias, receber diagnóstico de crise de ansiedade e ser medicada e liberada pelo hospital da Unimed, na Asa Sul, em Brasília.
Camila era auxiliar administrativa e morreu de uma parada cardíaca dentro da própria casa, na região de Ceilândia. No dia anterior ao seu falecimento, a jovem passou mal e deu entrada na Unimed da Asa Sul, apresentando os sintomas de dores no peito e dormência nos braços. Ela foi medicada ainda no hospital e liberada algumas horas depois. Na ocasião, o médico que a atendeu teria diagnosticado Camila com uma "crise de ansiedade e estresse"
No dia seguinte à alta hospitalar, a auxiliar administrativa teve uma parada cardiorrespiratória. A equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam a ocorrência, mas ao chegarem no local, constataram o óbito na casa da vítima.
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Contrariando o diagnóstico do médico, a autópsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que a jovem estava infartando há três dias e faleceu em decorrência de tamponamento cardíaco e ruptura de aneurisma da aorta.
No dia em que morreu, Camila estava mantendo a rotina diária, segundo informações de familiares. A jovem também não fazia o uso de nenhuma droga ou álcool, e tinha uma rotina considerada saudável.
Segundo a família, Camila teria sofrido negligência ao ser atendida no pronto atendimento do hospital, onde passou por exames que constataram alterações no eletrocardiograma, mas o médico acabou tratando como crise de ansiedade e estresse, não solicitando mais exames para investigar a irregularidade cardíaca apontada no exame.
Após a morte, alguns familiares da jovem acionaram o hospital em busca de explicações. Em nota, a Unimed CNU, alegou lamentar profundamente o falecimento da jovem, expressa a solidariedade à família e refutou qualquer alegação de negligência no atendimento e frisou, ainda que não havia, no momento do atendimento, qualquer indício clínico ou laboratorial que justificasse internação ou apontasse gravidade da situação.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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