Jovem que recebeu alta um dia antes de falecer estava infartando há três dias

Mulher foi diagnosticada com crise de ansiedade e estresse mesmo com exames que constataram alteração cardíaca. Laudo do IML, apontou que ela sofria de infarto há pelo menos três dias

Gabrielle Borges
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Uma jovem de 21 anos, identificada como Camila Messias Moraes, faleceu após estar infartando há pelo menos três dias, receber diagnóstico de crise de ansiedade e ser medicada e liberada pelo hospital da Unimed, na Asa Sul, em Brasília.

Camila era auxiliar administrativa e morreu de uma parada cardíaca dentro da própria casa, na região de Ceilândia. No dia anterior ao seu falecimento, a jovem passou mal e deu entrada na Unimed da Asa Sul, apresentando os sintomas de dores no peito e dormência nos braços. Ela foi medicada ainda no hospital e liberada algumas horas depois. Na ocasião, o médico que a atendeu teria diagnosticado Camila com uma "crise de ansiedade e estresse"

No dia seguinte à alta hospitalar, a auxiliar administrativa teve uma parada cardiorrespiratória. A equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam a ocorrência, mas ao chegarem no local, constataram o óbito na casa da vítima.

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Contrariando o diagnóstico do médico, a autópsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que a jovem estava infartando há três dias e faleceu em decorrência de tamponamento cardíaco e ruptura de aneurisma da aorta.

No dia em que morreu, Camila estava mantendo a rotina diária, segundo informações de familiares. A jovem também não fazia o uso de nenhuma droga ou álcool, e tinha uma rotina considerada saudável.

Segundo a família, Camila teria sofrido negligência ao ser atendida no pronto atendimento do hospital, onde passou por exames que constataram alterações no eletrocardiograma, mas o médico acabou tratando como crise de ansiedade e estresse, não solicitando mais exames para investigar a irregularidade cardíaca apontada no exame.

Após a morte, alguns familiares da jovem acionaram o hospital em busca de explicações. Em nota, a Unimed CNU, alegou lamentar profundamente o falecimento da jovem, expressa a solidariedade à família e refutou qualquer alegação de negligência no atendimento e frisou, ainda que não havia, no momento do atendimento, qualquer indício clínico ou laboratorial que justificasse internação ou apontasse gravidade da situação.

(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

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