Mortes e intoxicações por metanol em bebidas: entenda o caso
Casos em São Paulo ligam consumo de bebida adulterada a mortes, cegueira temporária e suspeita de envolvimento do PCC
O consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol tem provocado uma série de casos graves em São Paulo. Desde setembro, pelo menos três mortes foram registradas na região metropolitana e um jovem chegou a ficar temporariamente cego após ingerir o produto.
As ocorrências chamaram a atenção das autoridades de saúde e de segurança, que investigam a origem da substância encontrada nas bebidas comercializadas de forma clandestina.
O que é o metanol e por que é perigoso
O metanol é um tipo de álcool usado em processos industriais, como produção de solventes e combustíveis. Diferente do etanol, presente em bebidas alcoólicas, o metanol não é seguro para consumo humano.
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A ingestão pode causar sintomas como:
- náusea e vômito
- dor abdominal
- tontura
- dificuldade de enxergar, podendo evoluir para cegueira
- em casos graves, falência de órgãos e morte
Como os casos começaram em São Paulo
Em setembro, duas pessoas morreram após consumir bebidas adulteradas em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Poucos dias depois, a cidade registrou a terceira morte suspeita pelo mesmo motivo. Além disso, um jovem relatou ter perdido a visão temporariamente após ingerir o produto.
Suspeita de envolvimento do crime organizado
Segundo a União Nacional de Bares e Restaurantes, há indícios de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) teria repassado metanol para fábricas clandestinas de bebidas. As autoridades investigam se essa distribuição pode estar ligada aos casos recentes.
Depoimento de vítima chama atenção
Um dos sobreviventes relatou à reportagem que entrou em desespero após perder a visão de repente. Segundo ele, a dificuldade de enxergar foi o primeiro sinal de que algo estava errado após o consumo da bebida adulterada.
Orientação das autoridades
As autoridades reforçam que a população deve evitar a compra de bebidas sem procedência, principalmente de origem clandestina. Produtos falsificados não passam por controle sanitário e podem conter substâncias letais.
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