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Aluna da USP que desviou dinheiro da formatura vira ré por estelionato

O processo corre em segredo de justiça, mas o Tribunal de São Paulo confirmou o recebimento da denúncia na última terça-feira (28)

Luciana Carvalho
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A estudante Alicia Dudy Muller, de 25 anos, se tornou ré por estelionato. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público após a jovem ter sido acusada de ter desviado R$ 927.765 do fundo de formatura de sua turma da Faculdade de Medicina da USP.

Segundo o MP, os desvios foram feitos entre os dias 25 de novembro e 20 de dezembro de 2022. A aluna foi denunciada por oito crimes consumados de estelionato, além de uma tentativa frustrada. O processo corre em segredo de justiça, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou o recebimento da denúncia na última terça-feira (28).

Alicia era a presidente da comissão de formatura quando realizou os desvios. De acordo com o inquérito da Polícia Civil, ao fazer os saques, ela não respeitou o estatuto da associação formada pela comissão, que previa que qualquer movimentação no dinheiro deveria receber o aval do tesoureiro do grupo, o que não ocorreu. A arrecadação do dinheiro ficava a cargo de uma empresa contratada pela comissão.

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Segundo as investigações, os saques foram feitos sem o conhecimento dos outros alunos. A denúncia afirma que Alicia solicitava as transferências diretamente à empresa, alegando que agia em nome da comissão.

As movimentações, com diferentes valores, foram realizados em oito vezes. A estudante ainda teria tentado um nono saque, de R$ 21 mil, mas a empresa não liberou a quantia após ter tomado ciência da fraude.

A Polícia Civil chegou a indiciar Alicia por apropriação indébita, mas a promotoria entendeu que os indícios eram de estelionato. Diante disso, o inquérito retornou à polícia, que colheu as representações criminais.

De acordo com a investigação, Alicia obteve vantagens ilícitas ao sacar o dinheiro e utilizá-lo para benefício próprio. A polícia ainda revelou que, com a quantia, ela teria alugado um carro e um apartamento, além de ter feito diversos jogos de loteria. As apostas estão sendo investigadas em outro inquérito, que apura possível crime de lavagem de dinheiro. A defesa de Alícia ainda não se manifestou.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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