Veja os principais fenômenos astronômicos previstos para o mês de julho
Ao longo do mês, será possível observar, por exemplo, a aproximação entre Marte e a Lua, o brilho intenso da Lua cheia, além da chuva de meteoros Delta Aquaridas, que deve atingir seu pico no fim do mês

Julho será um mês de destaque para os amantes da astronomia. Isso porque o céu noturno promete uma série de espetáculos celestes, como chuvas de meteoros, fases marcantes da Lua e conjunções entre planetas visíveis a olho nu. Entre esses eventos, um fenômeno curioso também chamou a atenção nesta quarta-feira, 9: a Terra teve um dos dias mais curtos do ano devido à sua rotação ligeiramente mais rápida.
Ao longo do mês, será possível observar, por exemplo, a aproximação entre Marte e a Lua, o brilho intenso da Lua cheia, além da chuva de meteoros Delta Aquaridas, que deve atingir seu pico no fim do mês. Em Belém, o Planetário do Pará retoma sua programação no dia 16 de julho, com atendimento escolar e visitações abertas ao público. As efemérides também são divulgadas no perfil oficial do Planetário no Instagram.
A quarta-feira mais curta do ano
Além dos eventos visíveis a olho nu, o mês de julho também abriga fenômenos sutis, mas relevantes para a ciência. No dia 9, a Terra completou sua rotação diária com 1,30 milissegundo a menos que o habitual. Isso significa que o planeta girou um pouco mais rápido em torno do próprio eixo, encurtando ligeiramente a duração do dia.
“Em média, a Terra leva 24 horas, ou 86.400 segundos, para completar uma rotação. Mas no dia 9, ela finalizou esse giro com uma leve antecipação, resultando em 1,30 milissegundo a menos”, explicou o técnico em Física Gabriel Condurú Magalhães, do Planetário do Pará.
Segundo ele, esse tipo de variação não tem relação com a duração da luz solar no dia, como ocorre no solstício de inverno, e sim com a rotação física da Terra, que não é perfeitamente constante.
“O significado mais conhecido de ‘dia mais curto’ é o do solstício de inverno, quando temos o menor período de luz solar, marcando o início astronômico da estação. No Hemisfério Sul, como em Belém, isso acontece por volta de 20 ou 21 de junho”, comentou o especialista.
A diferença de tempo registrada na quarta-feira não afeta a rotina humana e tampouco exige ajustes em relógios ou sistemas tecnológicos.
“Esse encurtamento é real, mas não afeta absolutamente nada em nossa rotina. Ele só pode ser detectado por equipamentos de altíssima precisão, como os relógios atômicos”, destacou Gabriel.
Outros dois dias de 2025 também devem ter encurtamentos semelhantes: 22 de julho, com uma previsão de 1,38 milissegundos a menos, e 5 de agosto, com 1,51 milissegundos a menos que o padrão de 24 horas.
Veja os principais fenômenos astronômicos de julho:
• 10/07 – Lua cheia
• 11/07 – Conjunção de Vênus com o aglomerado das Híades, antes do amanhecer, na direção nordeste, na constelação de Touro
• 14/07 – Início da chuva de meteoros piscis austrinídeas
• 16/07 – Lua e Saturno estarão próximos durante a madrugada, na constelação de Peixes. Também é o início da chuva de meteoros perseidas
• 17/07 – Lua minguante
• 20/07 – Conjunção entre Lua e Vênus, antes do amanhecer, na direção nordeste
• 23/07 – Conjunção entre Lua e Júpiter, na aurora, próximos ao horizonte
• 24/07 – Lua nova
• 28/07 – Conjunção entre Lua e Marte, no começo da noite. No mesmo dia ocorre a máxima da chuva de meteoros piscis austrinídeas, com média de 5 meteoros por hora
• 30/07 – Chuva de meteoros Delta Aquaridas, com pico na madrugada e média de 25 meteoros por hora. Também ocorre a chuva de meteoros alfa capricornídeas, a partir das 21h, com média de 5 meteoros por hora
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