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Veja dicas para evitar mofo em casa no período chuvoso

Especialistas dão dicas de como livrar móveis e roupas do mofo em Belém durante o inverno amazônico

Eduardo Laviano
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O mofo faz parte da realidade de muitos paraenses, especialmente nos períodos mais chuvosos da região amazônica.

Os fungos que compõem as manchas de mofo se fortalecem com o calor e a umidade.

Belém, portanto, é o ambiente perfeito para que eles se desenvolvam e tomem móveis inteiros entre janeiro e julho, por exemplo.

Às vezes, o bolor, como também é conhecido, também infesta tetos, paredes e até roupas. 

Caio Botelho tem uma empresa de higienização de estofados que realiza limpezas de mofo que podem durar até cinco horas.

Mas não precisa se assustar: às vezes elas podem durar só três. Ele conta que o principal motivo para um cliente procurá-lo são questões relacionadas a saúde.

"Recebemos muitos casos de pessoas que possuem rinite, sinusite e problemas na pele, por exemplo. Os problemas alérgicos e respiratórios são os principais, mas há também a questão estética, de quem gosta de ver os móveis limpos e prefere chamar um profissional", afirma ele, que trabalha há dois anos no ramo, quando percebeu que seria um empreendimento e tanto para uma cidade de clima tropical equatorial. 

Primeiro, a equipe de Caio faz uma aspiração rápida. Depois, aplica o peróxido de hidrogênio, letal aos fungos e outros microorganismos, como ácaros, vírus e bactérias.

O produto é utilizado na superfície do estofado e na parte de baixo também. Por fim, há uma sucção dos focos de mofo na espuma interna dos móveis, com a máquina extratora.

"É porque não adianta limpar só o tecido, na parte externa. Muitas vezes a origem da profusão de fungos está na parte interna e não enxergamos", relata Botelho.

Na opinião dele, o mofo é muito fácil de identificar visualmente por conta das manchas brancas dotadas de um odor muito forte, que nem sempre dá para tirar com uma passada de mão, como é o caso da poeira. 

Uma vez identificado, Caio alerta que é melhor se livrar dele o mais rápido possível, já que a proliferação é muito rápida.

A dica é especialmente importante para quem tem crianças em casa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 13% da asma crônica em crianças se deve ao excesso de umidade nos lares.

"Às vezes a pessoa vai deixando, deixando e aí se depara com um problema maior, que poderia ter sido evitado. Mas nunca declaramos um móvel como causa perdida. Em todos os casos, com mais ou menos horas, conseguimos recuperar", garante Caio.

Ele se refere à utilização do móvel, do ponto de vista funcional, já que do ponto de vista estético nem sempre dá para retirar todas as manchas.

"Uma cliente recebeu poltronas novas e, de imediato, saídas da embalagem, já tinham mofo. Provavelmente isso aconteceu durante o armazenamento aqui na cidade", diz.

Botelho dá a dica: se a pessoa trabalha o dia todo fora, é importante lembrar de deixar as portas do guarda-roupa abertas e fazer o mesmo com pelo menos uma janela para garantir a circulação de ar. Essas medidas são preventivas.

"Se ainda assim aparecer, produtos caseiros podem ajudar, como a água sanitária. Mas não recomendo em estofados, apenas teto, parede, piso. Em estofados podemos usar o vinagre. É bom também aspirar de vez em quando", recomenda.

"Se o caso for muito grave, é melhor chamar uma empresa especializada para não danificar os móveis", diz.

Lívia Costa, que trabalha com organização profissional de casas e empresas há quatro anos, concorda com o Caio.

Para ela, o mais importante é fazer a manutenção da limpeza e tratar isso como rotina.

"Precisamos estar sempre de olhos nos móveis, nas peças de roupa. Às vezes aquela peça de couro fica guardada, fica um tempo sem usar e não olhamos. A umidade em Belém é absurda. É rotineiro no meu trabalho encontrar bolsas e sapatos danificadas pelo mofo", lembra.

Ela dá diversas dicas no Instagram @liviacostaorganiza e sempre alerta para a prioridade de ambientes arejados.

Um erro comum, segundo ela, é não planejar isso antes de criar um ambiente. 

"Às vezes as pessoas montam um ambiente e não pensam na circulação do vento, na entrada de luz.

Tudo isso precisa ser planejado para que os lugares estejam arejados. Eu mesma faço questão de deixar o guarda-roupa aberto pelo menos três vezes por semana", recomenda.

Guia de sobrevivência anti-mofo:

- Passe o aspirador na casa sempre que possível

- Use produtos antimofo e um desumidificador biológico de sílica (conhecido como moffim)

-  Mantenha os ambientes arejados quando estiver em casa

- Deixe pelo menos uma janela aberta quando não estiver em casa

- Em períodos muito úmidos, deixe uma porta do guarda-roupa aberta três vezes na semana

- Se notar um caso inicial de mofo, use vinagre nos móveis estofados para retirá-los

- No teto, na parede e no piso, retire o mofo com água sanitária

- Não deixe as crianças encostarem no mofo, para evitar que desenvolvam alergias

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