CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Veja como amenizar o estresse nos pets causado pelos fogos de artifício

Tanto os cães quanto os gatos têm uma audição muito mais sensível que a dos humanos e o estresse pode ser até fatal, em determinados casos

Redação Integrada com informações da Ascom Ufra

A festa de réveillon se aproxima e com ela a apreensão dos tutores de pets. Um dos principais problemas é o barulho ocasionado pelos fogos de artifício. A professora Fernanda Martins, médica veterinária na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) alerta que esse estresse pode provocar vômito, diarreia, tremores e falta de ar nos bichinhos.

“Se tiverem outras patologias concomitantes, como problemas neurológicos e cardíacos, podem ter complicações mais sérias, como convulsões e até parada cardíaca”, completa a professora e médica veterinária.

Isso acontece porque, de acordo com a professora, tanto os cães quanto os gatos têm uma audição muito mais sensível que a dos humanos. Os animais ainda são capazes de mover as orelhas em direção ao som e captá-lo com mais intensidade e precisão.

“Os gatos têm melhor audição e são predadores muito eficientes, mas geralmente reagem aos fogos procurando um abrigo seguro e não ficando com os humanos, por isso parece que sofrem menos. Já os cães procuram ficar com seu grupo familiar e notamos mais seu desconforto. No processo de domesticação, os cães foram, com frequência, selecionados para dar alarme em caso de perigo, portanto reagir a um barulho ameaçador é natural”, explicou a veterinária.

Dicas

Felizmente, há formas de tentar amenizar essas situações desconfortáveis para os pets e fazer com que o animal sinta o mínimo de transtorno. A veterinária sugere que os tutores sempre tentem mudar o foco de atenção, e tentem não reforçar o medo do animal. É importante não agir de forma muito diferente do dia-a-dia.

“Os cães são animais sociais e seria melhor não deixá-los sozinhos nesse momento, pois vão ficar muito ansiosos. É importante para eles perceberem que o grupo está em segurança e não em uma situação ameaçadora. A tendência da família e colocar no colo e fazer carinho, e estas são reações que podem reforçar que o medo que ele está sentindo como sendo real. O ideal é tentar agir com naturalidade, tentar chamar atenção para outras coisas, um jogo, uma brincadeira, alguma atividade”, aconselha a veterinária.

“Já para os gatos, é importante deixá-los em um lugar que possam se sentir bem abrigados, seguros, e que o barulho possa ser menor”, completa Fernanda.

É importante, ainda, evitar proximidade com objetos cortantes e coleiras, porque os animais podem se assustar e às vezes saem em disparada. “É comum derrubarem copos, e objetos e podem se cortar e se machucar. Se estiverem presos em coleiras ou guias podem se agitar, se enrolar e ter o risco de enforcamento e há aqueles que fogem, ficam presos nas grades, portões ou vão pra rua no momento de desespero”, alerta. 

A veterinária indica que é importante providenciar um lugar seguro para o animal se abrigar e mostrar pra os pets esse lugar antes. “Pode ser uma caixa transporte com cobertores, um lugar mais fechado, um banheiro, e antes de começarem os fogos mostrar pra eles como ir até esse lugar, deixar a rota liberada para chegarem até lá”, explica. 

Além disso, existem alguns tampões de ouvido específicos para animais. Mas a professora da Ufra conta que um pouco de algodão também pode ajudar. Mas o algodão precisa ser colocado somente quando forem começar os fogos, porque se for antes, o animal vai tirar.

Feromônios também são uma opção tranquilizante. Fernanda explica que eles “são substâncias que podem ser usadas como spray, e tem efeito de acalmar, tranquilizar os animais”.

Treinando a sensibilidade

A professora Fernanda Martins conta que é possível tornar o animal menos sensível aos barulhos. No entanto, é um trabalho que exige cuidado e precisa ser gradativo. Os melhores resultado aparecem quando os pets ainda são filhotes, e o treinamento é feito gradualmente. 

É o que chamamos de desensibilização. Nós podemos gravar esses barulhos, e colocá-los em volumes mais baixos, enquanto isso fazer coisas agradáveis a eles, como brincar, alimentar e várias coisas que os animais gostem, de forma que o barulho fique com pano de fundo e eles n prestem tanta atenção. Com o passar do tempo ir aumentando o volume desses barulhos, e ir mudando o foco deles para outras coisas”, finaliza a professora e médica veterinária.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM