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Uso de máscara em espaços abertos divide opiniões em Belém

Pessoas com e sem máscaras circulavam pela Praça da República no primeiro fim de semana sob decreto estadual que flexibiliza o uso do item

Camila Guimarães
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No primeiro fim de semana de vigência do Decreto Estadual 2.265/2022, que flexibiliza o uso de máscaras em espaços abertos no Pará, o público que aproveitou o domingo para passear na Praça da República, em Belém, tinha opiniões distintas sobre o assunto. Em Belém, o uso do item de proteção continua sendo obrigatório, por determinação municipal.

Uma das pessoas que passeavam pela praça e não fazia uso de máscara era o engenheiro computacional Bleidson Flor, 32, para quem o decreto estadual é uma decisão positiva para quem já está imunizado: “A gente tem que levar em consideração que, apesar de a pandemia não estar totalmente controlada, já temos uma sensação de maior liberdade, já estamos mais à vontade de passear ao ar livre, sem o uso sufocante da máscara. Pelo menos ao ar livre”, comenta.

Quem tem uma opinião semelhante é o funcionário público João Augusto, 45. Ele acredita que o cenário atual da pandemia permite medidas protetivas mais flexíveis: “Eu acho que com o advento da vacina, melhorou muito. Inclusive as pesquisas estão mostrando que diminuiu muito o índice de contágio e tinha que flexibilizar mesmo”. Para João, Belém deveria seguir o exemplo de outras capitais e aderir ao decreto estadual.

Por outro lado, havia quem defendesse o uso do item de prevenção ao contágio. Uma dessas pessoas era o técnico em eletricidade Edson Carlos, 42, que aproveitava o domingo ao lado da esposa e da filha, seguindo a determinação municipal sobre uso de máscaras. Para ele, ainda não é o momento certo para flexibilizar: “A pandemia ainda não foi totalmente extinta”.

Edson conta que já teve covid-19 e, apesar de vacinado, não se sente confiante em tirar a máscara: “Se a gente deixar de usar, novos casos vão aumentar. Mesmo estando vacinado é melhor continuar usando. Eu tenho certeza que, se a prefeitura liberar, muitas pessoas vão deixar de usar, mas eu vou continuar usando porque eu não quero trazer doenças para minha casa”.

A estudante Daniela Oliveira, que também visitava a praça em família, apoia a manutenção da obrigatoriedade das máscaras: “É importante para a prevenção em si, a gente tem duas crianças e não conseguimos sair de casa sem máscara, mesmo vacinados. Ainda que não seja mais obrigatório, a gente vai usar por tempo ainda”.

Na última quarta-feira (30), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, divulgaram a informação de que, ainda no início de abril, o uso de máscara deixará de ser obrigatório nos ambientes de trabalho. A decisão deve ser divulgada nos próximos dias.

No Pará, 10 municípios já dispensaram o uso de máscara em locais abertos, sendo eles: Ananindeua, Benevides, Castanhal, Marabá, Marituba, Óbidos, Redenção, Santa Bárbara do Pará, Santarém e Tucuruí. Na Região Metropolitana, Santa Izabel do Pará ainda não teve uma posição oficial, o que mantém as regras antigas, e Belém segue com a obrigatoriedade do uso.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que o uso obrigatório de máscaras em Belém deve continuar por tempo indeterminado, tanto em locais abertos quanto fechados, e completou: “a medida seguirá sendo reavaliada ao longo do mês de abril pela equipe técnica”.

 

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