Um Parque para chamar de seu: crianças e famílias lotam Parque da Cidade em Belém
No Dia de Natal, crianças e adultos se divertem ao ar livre no parque urbano na Júlio César
No Dia de Natal em Belém, o Parque da Cidade virou um enorme brinquedo para centenas de crianças e adolescentes, na tarde e noite desta quinta-feira (25). O espaço abriu, pontualmente, às 18h, e desde então, a sensação que se tinha ao entrar, era de um espaço lúdico, cheio de possibilidades de exploração e diversão, com os playgrounds, as ciclovias, as pistas de skate e quadras de esportes, compondo uma experiência interativa e alegre, entre crianças, jovens e adultos.
"É muita energia acumulada. A gente vem pra cá com eles, e fica horas, é maravilhoso. Quando chegam em casa, jantam e dormem. Ela nem lembra de celular, de televisão. A gente mora aqui, na Sacramenta, pertinho do IT Center, antes da COP 30, toda semana eu estava aqui com eles”, disse a mãe, Lorena dos Santos.
Lorena estava com o marido, o motorista de aplicativo, Márcio Anderson, e o casal de filhos, Liandra Cristina, de cinco anos, e Arthur Miguel, que completa dois anos de idade, nesta sexta-feira (26). As crianças levaram brinquedos, mas deixaram de lado para brincar e correr entre os espaços dos playgrounds do Parque da Cidade, cuja entrada principal, para pedestres, fica na lateral da avenida Júlio César, no bairro da Sacramenta.
Nos ambientes animados pela garotada, não faltaram as que estreavam os brinquedos ganhos do papai-noel’, como Hana, de seis anos. A menina aprendia a andar com um tênis com rodinhas, similar a um patins convencional. "Eu vi na minha escola crianças usando esses sapatos, gostei e pedi para o Papai Noel”, disse ela, tentando se equilibrar sobre o novo tênis”.
“Eu me comportei, vou para o segundo ano, e já sei fazer letra cursiva”, acrescentou Hana, sorrindo, como se estivesse justificando o merecimento dos presentes. Além do tênis com rodinhas, ela ganhou uma mochila rosa e um gorro vermelho natalino.
O pai de Hana, o servidor público estadual, Ângelo Castro, observou que o Parque da Cidade é um espaço democrático: “Comporta todas as gerações”, destacou ele, enquanto a mãe, a advogada Renata Farias, enfatizou a importância de as crianças brincarem ao ar livre.
“É preferível que elas estejam ao ar livre, porque, enfim, só em casa, no apartamento, em ambiente fechado, em shopping. Aqui, é mais saudável, ela tem espaço, ela pode brincar à vontade, socializar com outras crianças”, assinalou Renata Farias.
Com um lançador de bolhas de sabão nas mãos, Édson Júnior, de 9 anos, se divertia entre as crianças em volta, disparando as bolhas a todo o momento. “Eu trouxe todo o material aqui, para não deixar faltar essas bolinhas’’, disse a mãe de Édson, Clara Moraes. “Sou diarista, sempre que posso venho. Ele fica muito tempo em casa, é bom ele interagir com as crianças, ele gosta disso”.
Uma hora após a abertura, por volta das 19h20, o Parque da Cidade estava tomado pelo público. Crianças, adolescentes e jovens caminhavam, corriam, andavam de bicicletas, skates, patins e patinetes. Em meio às atividades com adrenalina, um grupo de 15 crianças pintava, tranquilamente, usando pequenas telas estendidas em mini cavaletes.
“Nas décadas de 80 e 90, esse tipo de pintura para crianças era comum, depois veio a internet e isso desapareceu das praças, agora, eu estou trazendo de volta”, contou Clodomir Vieira, dono dos 15 cavaletes e das cadeiras infantis montados para as crianças pintarem. Ele cobra 10 reais, por pintura de desenho. “Os pais me agradecem, as crianças gostam’”, afirmou Clodomir.
Perguntada porque havia levado a filha de Ágatha, de três anos, para pintar, Caroline Corrêa, afirmou: “Ela gosta de pintura, somos da região das Ilhas, em Abaetetuba, viemos para Belém passar o Natal, estamos lá e São Brás, é a primeira que a gente vem no Parque da Cidade. É lindo, eu perguntei se ela queria pintar, ela disse que sim e está ali, se divertindo”, ressaltou Caroline, que é autônoma.
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