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Campanha no Utinga aborda preservação por meio de caminhadas e passeios ciclísticos

Neste domingo, população da Região Metropolitana de Belém pode comparecer ao parque, nos dois turnos, para passeios guiados

Elisa Vaz
fonte

Até 3.500 pessoas são esperadas no Parque Estadual do Utinga neste domingo (24), segundo a gerência do local. Marcada pela mobilização em defesa das Unidades de Conservação (UCs), a campanha “Um Dia no Parque” promove caminhadas em trilhas e passeios de bicicleta para a população da Região Metropolitana de Belém, com foco na preservação de espaços de convivência que proporcionam contato direto com a natureza.

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A programação começou às 7h, com uma observação de pássaros na Trilha do Patauá, e segue das 9h às 12h com passeio ciclístico pela via do parque e caminhada ecológica em trilhas, que também conta com palestras sobre o meio ambiente ao longo do percurso. Pela tarde, das 14h às 17h, a equipe faz o passeio “caminho das águas”, com caminhada ecológica e boia cross, que é uma descida de rios praticada em câmaras de pneus de caminhão encapadas com lona, nas quais o praticante viaja sentado.

Ciclista passeia em família

O cinegrafista André Mardock foi ao parque na manhã deste domingo em família, como sempre faz, mas dessa vez vestiu a camisa da campanha e se alongou para pedalar oito quilômetros: quatro na ida e mais quatro na volta. Na opinião dele, Belém precisa ter áreas como o Utinga, para que a população faça exercícios, saia da rotina e também aproveite a natureza.

“Acho que é fundamental esse tipo de atividade. Aqui é quase o nosso quintal, fica bem próximo de casa. Poderíamos vir mais vezes, mas acho que estamos fazendo um esforço de vir sempre que dá. É essencial os órgãos gestores perceberem a necessidade de a população ter esses momentos para a família. As pessoas vêm curtir o encontro, pedalar, se divertir e ainda praticar esporte. Isso é básico. É política pública e acho perfeito”, comenta.

Campanha Utinga

Venezuelana se interessa pela natureza

Bióloga venezuelana que se mudou para o Brasil há cinco anos, Yetsenia Sanchez também participou do evento, mas com o intuito de aprender mais sobre o bioma da Amazônia, que é a área de pesquisa dela. “Eu gosto da natureza e sou atenta à região amazônica, e gostaria de conhecer um pouco mais sobre ela, a gente precisa para pesquisa e também por satisfação pessoal. Vou participar das palestras durante a caminhada”, conta.

Yetsenia estava preparada para andar ao longo da trilha - que vai de 800 metros a 1,2 quilômetro. Embora nunca tenha participado de uma, sempre vai ao Utinga caminhar pela via do parque, ao longo dos seus oito quilômetros, então já tem um preparo físico para isso. O que ela esperava encontrar de diferente era animais e plantas, afinal, o que trouxe a bióloga ao Brasil há meia década foi seu mestrado – ela ficou empolgada com a pesquisa e decidiu fazer também o doutorado na Amazônia, curso que já está finalizando.

Campanha

A ideia da programação é “incorporar o saber”, segundo o gerente do Parque do Utinga, Ivan Santos. É importante, diz ele, que as pessoas, acima de tudo, entendam o que é o meio ambiente e o que ele pode proporcionar positiva ou negativamente. “Houve uma ânsia, um clamor nacional, de explicar o que é uma Unidade de Conservação, e começamos a fazer esses eventos, esse é o quinto porque fomos impedidos pela pandemia da covid-19. O que se traz é a busca do saber, onde tu estás e por que que não se pode mexer na parte silvestre”, orienta.

O profissional explica que existem dois tipos de UCs. Na normal, que é um espaço de convivência e responsabilidade de quem administra, as pessoas podem conviver com o meio, tirar das árvores o fruto do seu sustento, mas não podem fazer nenhum tipo de modificação. A integral, por outro lado, não permite que ninguém retire flores, plantas e outros insumos e matérias-primas feitos ali.

“Nós estamos falando de fauna, flora, da parte hídrica e de seres silvestres. Não podemos modificar esse meio ambiente. E queremos mostrar para as pessoas justamente a importância de mantê-lo em nosso favor e em favor delas. Em cada trilha ou caminhada há paradas para pequenas palestras sobre o local e o que tem dentro dele, como animais, plantas e rios. As pessoas vão sentindo pertencimento. Além disso, levamos a educação comportamental, para elas saberem que ali tem uma trilha, qual o limite, por que a partir de tal lugar não pode passar, quais seres selvagens estão lá”.

Já a presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Karla Bengtson, órgão que gere as cinco Unidades de Conservação Estaduais, diz que a campanha alerta a sociedade quanto à importância dessas áreas. “O propósito é despertar na sociedade o sentimento de pertencimento, reforçando que somos parte da natureza, portanto, responsáveis pela preservação e conservação do meio ambiente”, destaca.

As UCs são: o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia, ambos na Região Metropolitana de Belém; Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (Pesam), no município de São Geraldo do Araguaia; Parque Estadual de Monte Alegre (Pema), em Monte Alegre; e a Floresta Estadual de Faro, no oeste paraense.

Programação

Local: Parque Estadual do Utinga
Data: 24 de julho
Horários:
7h: Observação de pássaros na Trilha Patauá
9h às 12h: Passeio ciclístico pela via do parque (obrigatório capacete)
9h às 12h: Trilha ecológica/caminhada
14h às 17h: Caminho das águas com caminhada ecológica + boia cross

Local: Parque Estadual de Monte Alegre (Pema)
Apresentação teatral, com a temática preservação do meio ambiente
Exposição de fotografia
Passeio nas trilhas

Local: Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (Pesam)
Palestra sobre a transição do bioma Amazônia e Cerrado
Trilha guiada

Local: Floresta de Faro
Prática esportiva com disputa de canoagem, futebol e atividades lúdicas para o público infantil

Local: Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (Revis)
Visitação nas ruínas históricas da antiga fazenda Pirelli
Caminhada ecológica na trilha do seringal e da samambaia

Também há atividades na Área de Proteção Ambiental (APA) de Alter do Chão, em Santarém; Área de Proteção Ambiental Municipal (APA) Jará, no município de Juruti; e Floresta Nacional Saracá-Taquera, em Oriximiná.

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