Um dia após incêndio no Largo da Palmeira, comerciantes contabilizam os prejuízos

Um dia depois do incêndio que consumiu quatro boxes de vendedores no complexo do Largo da Palmeira, centro comercial de Belém, a manhã de terça-feira, 28, foi o momento de contabilizar os prejuízos e decidir o que seria feito para contornar a situação. Vendedores que foram afetados diretamente afetados pelo fogo estiveram no local, bem como uma equipe da Defesa Civil Municipal, que fez uma visita técnica para avaliar os prejuízos e conversar com as pessoas prejudicadas. 

Mesmo depois de ver sua fonte de renda ser calcinada, muitos trabalhadores mantinham o otimismo e o bom humor. "Eu acho que esse acontecimento é para uma melhoria, para que as autoridades venham a tomar ciência e providência. Se fosse em outra hora, mais tarde da noite, tacaria fogo em tudo aqui, mas graças a Deus foi em um momento que ainda tinha gente, e o povo daqui foi usado para apagar o fogo, então, foi só algo material e a gente pode construir novamente, com força. Nada está acabado", diz Valmir Gomes, que revendia artesanato para outros comerciantes desde a inauguração do espaço, em 2010.

Quem via o ânimo do comerciante, nem imaginava que ele tinha acumulado um prejuízo de 150 mil reais. "A Prefeitura já está tomando providência. A Defesa Civil está aqui, encaminhando tudinho, e eu creio que não vai dar nenhum problema. Eu tenho certeza que algo de melhor vem, não só para mim, mas para todos que estão nesse mesmo trabalho", disse Valmir, esperançoso.

O caso

No começo da noite da última segunda-feira, 27, um incêndio causou a perda total de quatro espaços destinados a trabalhadores no Largo da Palmeira. O Corpo de Bombeiros foi acionado por testemunhas e conseguiram conter as chamas, evitando que o fogo se espalhasse. Segundo testemunhas, o fogo começou em um boxe onde funcionava uma alfaiataria, por volta das 18h30. Na mesma noite, o titular da Secretária Municipal de Economia (Secon), Apolônio Brasileiro, esteve no local. O laudo emitido pela perícia do Corpo de Bombeiros indicará a causa do incêndio.

Claudiomiro Corrêa, coordenador operacional da Defesa Civil, esteve no complexo chefiando a vistoria do dia seguinte e informou que a solução do problema é um trabalho feito em conjunto com vários órgãos. "Confirmado com o CIOP o ocorrido, uma equipe foi deslocada ontem à noite mesmo para prestar esse atendimento a quem se encontrava aqui, e foi dada uma orientação. Hoje, estamos novamente aqui com nossa engenheira e pessoal de apoio, fazendo um levantamento geral para ir montar um relatório para a Secon, que daí traçará as medidas de resposta para dar um apoio a esses permissionários que perderam seu material de trabalho", explicou o coordenador.