Triplica a quantidade de amostras para exames que chegaram ao Lacen em outubro

Porém, síndromes gripais, que as pessoas a confundem com a covid-19, são o fator de pressão, diz o laboratório

Dilson Pimentel
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A quantidade de amostras para exames da covid-19 que chegaram ao Laboratório Central (Lacen-PA), para análise, triplicou neste mês de outubro, mas a situação não necessariamente está ligada a uma nova onda da covid-19, diz o órgão estadual. “Houve estabilidade (na entrada de amostras no Lacen) em agosto e setembro. Mas, em outubro, a quantidade de amostras em análise triplicou. No entanto, não houve aumento significativo de casos confirmados (de covid) nas amostras analisadas no Lacen”, disse, nesta terça-feira (27), o diretor do Lacen-PA, Alberto Júnior.

“O que a gente observou em outubro é que está havendo uma síndrome gripal. Muitas pessoas relatando virose, que confundem com covid. E, assim, correm para fazer testagem de covid. Essa síndrome gripal está circulando no Estado, principalmente na região metropolitana”, acrescentou.

“O que a gente observou em outubro é que está havendo uma síndrome gripal. Muitas pessoas relatando virose, que confundem com covid. E, assim, correm para fazer testagem de covid. Essa síndrome gripal está circulando no Pará, principalmente na região metropolitana”, afirma odiretor do Lacen-PA, Alberto Júnior

Ele explicou que, quando existe a síndrome gripal, as pessoas procuram as unidades de saúde. “Caso elas não estejam dentro do período para coletar (terceiro ao oitavo dia) passam a ser coletas indiscriminadas também. É que tanto para síndrome gripal quanto para covid o período é o mesmo, devido ser a mesma metodologia para análise”, explicou.

O Lacen-PA realiza os testes para diagnóstico da covid-19 através da metodologia da biologia molecular (RT-PCR) estabelecida pelo Ministério  da Saúde como Padrão Ouro. Os testes devem ser solicitados por um profissional médico, após  a avaliação clínica do paciente, para coleta do swab na laringe e encaminhado para o laboratório para análise.

image Sintomas gripais cresceram em outubro, diz Lacen (Thiago Gomes/O Liberal)

Coleta fora do protocolo do Ministério da Saúde dá resultado negativo


A responsabilidade dessa triagem, dessa avaliação clínica, é dos municípios. Cada município tem sua Vigilância Epidemiológica, onde faz a avaliação dos pacientes. O Lacen não realiza coletas. Ele descentraliza o serviço para os municípios por meio de capacitação e fornecimento de insumo de coletas.

Os municípios fazem a triagem, avaliam pacientes, atendem protocolos, fazem a coleta e enviam para o Lacen fazer a análise. O resultado é reportado em até 72 horas (a partir da entrada da amostra no Lacen).

O diretor Alberto Júnior explicou que alguns municípios da Região Metropolitana de Belém têm demandando uma quantidade maior (de amostras). Mas há muitas coletas sem critério, que não estão obedecendo ao protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.

“Ao todo, 80% das amostras enviadas por alguns municípios deram negativo - só 20% deram positivo.  Ou os pacientes estão assintomáticos, ou a amostra foi coletada fora do período estabelecido pelo protocolo (no período de 3 a 8 dias). Dá muito resultado negativo, pois como esses pacientes ficam fora do período estabelecido para coleta. Por isso a necessidade de avaliação clínica para então realização da testagem por PCR”, disse.

“Ao todo, 80% das amostras enviadas por alguns municípios deram negativo - só 20% deram positivo.  Ou os pacientes estão assintomáticos, ou a amostra foi coletada fora do período estabelecido pelo protocolo (no período de 3 a 8 dias). Dá muito resultado negativo, pois como esses pacientes ficam fora do período estabelecido para coleta. Por isso a necessidade de avaliação clínica para então realização da testagem por PCR”

image Testagem no Lacen: coleta é descentralizada (Pedro Guerreiro / Agência Pará)

O Lacen envia notas técnicas para as vigilâncias epidemiológicas dos municípios para que sigam os critérios e os pacientes sejam avaliados antes de se fazer a coletar. E que sejam notificados dentro dos protocolos que foram estabelecidos não pelo Lacen, mas pelo Ministério da Saúde.

O diretor do Lacen disse que o envio de amostras é de responsabilidade dos municípios. “Estamos com dois pontos fixos - URE (Unidade de Referência) Doca e URE Presidente Vargas). Mas isso não exime os municípios, sobretudo os da região metropolitana de Belém, de assumirem a sua competência com a sua população”, afirmou.

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