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Trânsito na rodovia BR-316: fique atento ao desvio que começa a valer nesta quinta-feira

Por conta do início das obras de drenagem do projeto de requalificação da rodovia BR-316, o trânsito sofre mudanças temporárias; confira

O Liberal

A partir desta quinta-feira (10), com o início as obras de drenagem do projeto de requalificação da rodovia BR-316, haverá mudanças no trânsito. O primeiro trecho a passar pelas obras será na pista do sentido Belém-Marituba, entre as ruas Celestino Rocha e Débora Calandrini, numa extensão de cerca de mil metros do km 4,5 ao 5,5. Para o serviço, o trânsito de veículos leves será desviado para as duas pistas de concreto do futuro BRT, já os veículos pesados deverão usar, exclusivamente, a faixa mantida aberta na BR. Pedestres e ciclistas terão uma faixa na calçada para transitar.

As obras são executadas pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), do governo do Estado, que explicou que a drenagem é importante para resolver os problemas de alagamentos na rodovia.

Equipes do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar (PM) vão orientar condutores e transeuntes durante a operação, que deve durar 90 dias neste trecho. Durante esse período, a circulação e o acesso aos estabelecimentos comerciais e residenciais estarão assegurados, de acordo com o NGTM.

O Detran atuará na organização e orientação do trânsito para garantir segurança e fluidez na via. O órgão garantirá 20 agentes de fiscalização e 12 agentes de educação no local do desvio, e também instalou sinalização luminosa vertical para ajudar na orientação e visibilidade dos motoristas, pedestres e ciclistas.

O Detran disponibilizou inclusive um contêiner no local do desvio, que terá  servidores para o atendimento e suporte aos usuários da via, durante 24 horas. Toda a área será monitorada por câmeras de videomonitoramento com o objetivo de acompanhar o tráfego e realizar intervenções no trânsito, quando necessário.

A Polícia Militar trabalhará para garantir a segurança de todos os envolvidos na operação e colaborar na sinalização e orientação dos condutores. A PM estará com quatro equipes, durante 24 horas, no trecho.

Como ficará a rodovia após as obras?

Quando concluída toda a obra de requalificação, a rodovia vai contar com três faixas de asfalto para tráfego, duas faixas de concreto para os veículos do BRT, 13 estações de passageiros, 13 passarelas, ciclovia, calçada, nova iluminação, além de 2 terminais de integração, 4 passagens inferiores (túneis), um viaduto, o que vai possibilitar o transporte mais rápido, confortável e seguro para moradores dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba.

Ao iniciar a operação dos ônibus do BRT, haverá melhoria da qualidade de vida da população da Região Metropolitana de Belém. “Quando os ônibus do BRT estiverem operando o sistema troncal, isso permitirá que as pessoas que hoje levam até 5 horas dentro de um ônibus na ida e vinda do trabalho, possam reduzir muito esse tempo, fazendo uma viagem mais rápida, confortável e segura”, explica o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

Usuários da BR, de um modo geral, como os ciclistas e os pedestres, vão ganhar uma pista ao longo desses 10,8 km que contará com calçada e ciclovia, aumentando a segurança de um dos trechos considerado mais perigoso de BR do Brasil, principalmente para esse público, que atualmente transita a pé ou de bicicleta sem segurança. “Ciclistas e pedestres, além do passeio, terão 13 passarelas implantadas”, garante Ribeiro.

Quantas pessoas se deslocam de ônibus nesse trecho?

Estudos do NGTM mostram que, na Região Metropolitana de Belém, há cerca de 400 mil pessoas que se deslocam diariamente entre os municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides ao centro de Belém, utilizando ônibus. O sistema atual de ônibus tem a mesma concepção de uma época em que a demanda era menor, com os veículos saindo dos bairros, pegando a BR-316 em direção ao centro de Belém, provocando um inchaço no tráfego, com ônibus disputando espaço com os carros.

“Precisamos mudar essa lógica. Em primeiro lugar, é fundamental a gente priorizar o transporte coletivo e, para isso, tem que dedicar um espaço exclusivo para os ônibus. Precisamos atender melhor os bairros, tendo linhas ligando a maior quantidade de bairros sem fazer com que todas essas linhas precisem ir ao centro, porque o itinerário dessas linhas vai ser no corredor”, explica o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro.

De acordo com o arquiteto especialista em mobilidade urbana, esse é o pensamento do sistema integrado, que consiste em ter linhas de ônibus alimentadoras, saindo de diversos bairros de Ananindeua e Marituba e Benevides, indo até terminais de integração, que vão estar em Ananindeua e Marituba.

“O usuário vai passar por um ônibus da linha troncal, um ônibus refrigerado e confortável, que vai seguir em uma via exclusiva até São Brás. Ou seja, vai ter uma velocidade operacional melhor até que os carros que estão na via normal”, pontua.

Mais mobilidade e acessibilidade

Ainda segundo o NGTM, os benefícios do sistema integrado são vários para a população. Além da melhoria da mobilidade e da acessibilidade em toda a área de influência do sistema do corredor, as pessoas vão ter menos tempo de deslocamento e menores distâncias para chegar até a rede de transportes. Outra vantagem é que com isso será possível melhorar a oferta de transporte nos bairros, sem precisar aumentar o número de ônibus no centro, pelo fato de o sistema ser integrado.

“Nós não teríamos outra alternativa para melhorar esse sistema de transporte que não seja trabalhar nessa direção. Esse sistema de transporte, além dele percorrer uma via exclusiva, terá nos seus terminais de integração uma estrutura que dará ao usuário uma posição confortável para fazer a integração. Os terminais também vão ter unidades da Estação Cidadania, onde ele vai poder resolver problemas que muitas vezes a pessoa precisa se deslocar até o centro, como emitir um documento, por exemplo”, afirma ainda o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro.

Os terminais de integração também vão oferecer um bicicletário para que os usuários que chegarem neste meio de transporte e desejarem pegar um ônibus. As estações de bairros terão acessibilidade e será muito mais rápido porque o pagamento vai ser feito ao entrar na estação, então, não haverá a situação do ônibus ficar parado por causa de filas para pagar a passagem na hora da partida. “Tudo isso melhora a eficiência do transporte e a condição de mobilidade dessa população”, garante ainda Paulo Ribeiro.

Requalificação

A obra de requalificação da BR visa criar uma infraestrutura nos primeiros 10,8 km da rodovia gerenciados pelo Governo do Estado. O objetivo maior do projeto é a implantação do sistema troncal de ônibus na Região Metropolitana de Belém, cobrindo, ao longo da obra, do município de Marituba até a capital paraense e, também, criar uma nova condição de mobilidade para a via ao longo desse trecho.

As principais etapas de obras do projeto estão sendo executadas atualmente, que é a implantação do sistema de drenagem. “A drenagem da BR foi executada há mais de 40 anos, quando o tipo de ocupação ao longo da via era outro, com uma densidade muito mais baixa do que é atualmente. Essa nova drenagem visa justamente assegurar o escoamento apropriado das águas pluviais que caem no trecho, permitindo a segurança e durabilidade da obra”, esclarece o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor geral do NGTM.

O projeto inclui ainda a construção de 2 terminais de integração, que ligarão as linhas coletoras com as linhas troncais do BRT, sendo uma em Ananindeua e uma em Marituba, e também o Centro de Controle Operacional, na avenida Augusto Montenegro.

Belém