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Tapete de crochê suspenso vai colorir a área do comércio em Belém

Estão produzindo cerca de mil quadradinhos de crochê, que vão cobrir aproximadamente 70 metros de rua

Bruna Lima
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Belém vai ganhar um novo colorido nesta terça-feira (11) com a instalação de um tapete de crochê suspenso na área do comércio. A intervenção artística, chamada “Crochê a Céu Aberto”, promete transformar a Rua Ocidental do Mercado, entre a 15 de Novembro e o Ver-o-Peso, em um grande mosaico de cores, texturas e solidariedade.

O projeto, contribuído pela professora e artesã Silvia Valente, reúne mais de 200 crocheteiras e crocheteiros de diferentes idades e origens. Juntos, eles estão produzindo cerca de mil quadradinhos de crochê, que vão cobrir aproximadamente 70 metros de rua. A montagem da estrutura começou nesta segunda-feira (10), no Solar da Beira, e segue até a instalação final, prevista para a manhã desta terça.

“É mais do que um projeto artístico, é uma forma de terapia e de geração de renda”, explica Silvia. “Muitos dos participantes são crocheteiros profissionais e, além de fazerem parte de uma grande ação comunitária, estão garantindo uma renda extra. Cada um faz seu quadrado com as cores que preferir, mas todos seguem o mesmo modelo. Temos quadrados inspirados na bandeira do Pará, do Brasil, nos times Remo e Paysandu, em Mocajuba e até na Nossa Senhora de Nazaré.”

A iniciativa faz parte do movimento Ver a Arte, idealizado por Patrícia Reschke, que busca dar visibilidade ao trabalho de artistas e artesãs locais. “O projeto foi criado justamente para divulgar a mão de todas essas mulheres e homens que produzem arte e sustento com o crochê. Muitas são mães solo, mães atípicas, algumas pessoas são de baixa renda que encontram nessa arte uma forma de viver com dignidade”, afirma Patrícia.

Segundo ela, o momento também é simbólico, “já que o mundo inteiro está com os olhos voltados para Belém, por causa da COP, queremos aproveitar para mostrar toda a capacidade e a força dessas artesãs, que muitas vezes não são lembradas”, destaca.

Além de seu valor artístico e social, o Crochê a Céu Aberto também dialoga com a sustentabilidade. As peças são confeccionadas com fios 100% algodão, e o tapete, ao ser suspenso sobre a rua, ajuda a amenizar a temperatura do ambiente, proporcionando mais conforto térmico para quem circula na região.

Para a artesã e crochê designer Maila Coelho, o momento é de celebração e reconhecimento. “Não tenho palavras para expressar o que estamos vivendo. É incrível ver nosso trabalho sendo valorizado e ganhar essa visibilidade. Além disso, o crochê fala sobre sustentabilidade, sobre reaproveitamento e sobre afeto. É um movimento que mostra a força da arte feita à mão aqui no Pará”, comemora a artesã.

Colorido, inclusivo e feito coletivamente, o tapete suspenso é um símbolo de união e resistência criativa. “O crochê nos conecta”, resume Silvia. “É arte, é terapia e é também uma forma de nos ajudarmos mutuamente”.

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Belém
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