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Setran retira empurrador do Rio Moju

Embarcação havia naufragado há 10 dias

Eduardo Rocha


Em operação arrojada, a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) retirou, ontem (8), do fundo do rio Moju, um empurrador naufragado há 10 dias. A embarcação é uma das seis que fazem a travessia de veículos por balsas na área da ponte Rio Moju. A ponte teve seu vão central destruído por um barco clandestino em abril passado.

 

Como informou a Setran, o empurrador havia sido retirado da área de travessia na quinta-feira (5). Ainda no sábado (7), a Capitania dos Portos deu autorização para que a travessia fosse reiniciada de 6 às 18 horas. O serviço deve voltar a operar com duas embarcações nesta terça-feira (10).

 

A travessia de veículos por balsas foi uma das soluções encontradas pelo Governo do Estado para minimizar os impactos para a população, após a queda da ponte.

 

"Estamos trabalhando para restabelecer o serviço com duas balsas o mais breve possível, pois, com as duas embarcações em operação, reduzimos para 20 minutos o tempo de espera dos veículos. Já atendemos todas as recomendações feitas pela Capitania dos Portos, agora aguardamos apenas sua autorização para operarmos”, garantiu o secretário de Estado de Transportes (Setran), Pádua Andrade.

 

Vão

 

A Setran informou que, até do final deste mês, o mastro central da Ponte sobre o Rio Moju, no trecho acidentado. O mastro terá, ao final da obras, mais de 90 metros de altura. A obra faz parte da reconstrução da ponte que, inclui, em setembro, a montagem das etapas acima do bloco de fundação (acima do nível da água).

 

A estrutura encontrava-se, no sábado (7), com 7 metros e ganha mais 5 a cada dia. Projetado para ter dois pilares de sustentação, o mastro, depois de pronto, começará a receber a montagem do tabuleiro, em segmentos de 12 metros de comprimento, denominadas de aduelas. A primeira, apoiada sobre a travessa do mastro, já deverá estar montada até o final de setembro. A partir dela, serão colocadas outras nove para cada lado da ponte, que ficarão fixadas por cabos estais. A última aduela, denominada “de ligação”, conectando a ponte estaiada aos trechos remanescentes, será a última peça a ser montada nas duas extremidades da ponte, totalizando 134 metros para cada lado do mastro, ou seja, 268 metros.

 

A primeira aduela é sempre a de maior complexidade, por envolver um sistema de andaimes específicos, que se apoiarão diretamente sobre o bloco de fundação. A montagem dessas partes, que darão origem ao piso, estão sendo fabricadas em Fortaleza (CE) e começaram a chegar este mês ao Pará. A última remessa está programada para estar no canteiro de obras antes do dia 30 deste mês.

 

Estão sendo reconstruídos 286 metros da ponte, que constituem o vão central que foi parcialmente destruído no último dia 6 de abril, após o choque de uma balsa que navegava de forma clandestina no local.

 

Toda a extensão da ponte sobre o rio Moju tem 860 metros. O equipamento faz parte do complexo de 4 pontes da Alça Viária, na PA-483, que liga a região metropolitana de Belém ao sul e sudeste do Pará.

 

Segundo o titular da Setran, Pádua Andrade, a obra entra na fase mais célere, após serem vencidos os desafios da construção dentro da água, na qual a engenharia teve de trabalhar tendo um regime de marés rigoroso e uma correnteza que pode chegar até cinco nós no ponto onde o rio Moju encontra o rio Acará (área da ponte).

 

“Com a construção acima do nível da água, a única adversidade pode ser a chegada do período chuvoso antes do tempo na região. No entanto, estamos confiantes que a ponte será entregue no prazo de 150 dias a partir do início da obra, ou seja, final de novembro”, destacou Pádua Andrade.

 

 

 

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