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Setembro Amarelo: ações simples podem mudar o destino de centenas de vidas

Confira como buscar apoio emocional e também a importância de ter atitudes solidárias

Maiza Santos | Especial O Liberal

“Se precisar, peça ajuda!”. O lema escolhido neste ano de 2023 para a campanha mundial do “Setembro Amarelo” também é uma ‘proposta’ - dentro do objetivo de enfrentamento ao suicídio. Neste domingo (10), é celebrado o Dia Mundial de Prevenção a esse ato extremo. Mais do que fazer um alerta, a intenção é deixar claro que há espaços e pessoas que podem ser um ‘ombro amigo’ para tratar as questões emocionais e de saúde mental.

No mês de setembro se concentram várias programações de combate ao suicídio pois, desde 2003, o dia 10 deste mês passou a ser reconhecido como o Dia Mundial para prevenir esse ato, pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os anos, a campanha também busca despertar a sociedade para esse assunto. A ideia é transmitir a importância de atitudes mais empáticas em relação a quem tem depressão e outros transtornos psíquicos, para que sejam ajudadas dentro de seus grupos de convivência.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das ONGs referência quando se trata de apoio emocional. Atuando 24 horas por dia durante o ano todo, a instituição atende cerca de 10 mil pessoas por dia. De acordo com Luiza Montenegro, é importante trazer a sociedade para junto dessa luta.

“No dia 10 nós temos mais voluntários, pois a procura é maior. Se torna uma força tarefa para o combate ao suicídio. Em setembro existe a campanha para chamar atenção da sociedade de maneira mais focada durante esse período. Além de mostrar a necessidade de todo mundo colaborar e se engajar. É importante serem pessoas mais fraternas e solidária, que façam ter a diminuição desse sofrimento que leva ao suicídio”, declara.

A porta-voz explica que existem três tipos de canais onde a população pode solicitar apoio emocional. São eles: telefone, pelo número 188; Chat; e e-mail. “O número de telefone é gratuito, oferecido pelo Ministério da Saúde. Os mais de 3.500 voluntários em todo o Brasil atendem ligações anônimas e sigilosas de qualquer lugar do país. Os outros canais de atendimento estão disponíveis no nosso site: cvv.com.br”, explica Luiza.

Sobre a abordagem, a porta-voz afirma que tudo é feito para a pessoa se sentir livre e segura de poder dizer coisas íntimas, que causam dor. “Buscamos compreender o que a pessoa passa e sente. Mostrar que estaremos sempre próximos para acompanhar e acolher. Em todos os casos fazemos isso, seja nos assuntos mais banais, às ligações mais tensas e complexas. Isso pois a gente nunca sabe onde aquilo pode parar. Às vezes a pessoa compartilha um sofrimento inicial e, a partir da conversa, nós conseguimos acessar outros sentimentos”, ressalta Luiza.

Importância de ajudar

Ao falar sobre as pessoas que prestaram o apoio, Montenegro relata a importância de ter pessoas disponibilizando seu tempo para a ação solidária, que não tem interrupção.

“São pessoas comuns que passam por um treinamento especial e depois por um treinamento constante de escuta e conversa. É um apoio emocional humanitário. Claro, que não substitui nenhum tipo de tratamento ou acompanhamento profissional. Nossa proposta é o total respeito ao que a pessoa está sentindo ali, não damos conselhos nem nada do tipo. É oportunizar que estejam acompanhados no momento que estiverem precisando compartilhar algo”, informa Luiza.

De acordo com CVV, além das ações virtuais para pessoas com problemas emocionais, a instituição também realiza um trabalho voltado a pessoas que perderam familiares para o suicídio.

“Esses grupos de apoio são para pessoas que perderam algum parente ou amigo. Também atendemos familiares de pessoas que tentaram tirar a própria vida e sobreviveram. Além de pessoas que costumam compartilhar sua história de vida e contar o motivo de querer perder a vida e o que ajudou a tirar, mudar esse pensamento. É importante ouvir esses relatos de pessoas que passaram por processos semelhantes”, conclui Luiza.

Como obter ajuda

O CVV disponibiliza quatro canais para a quem quiser solicitar apoio emocional:

Telefone - 188 (ligação gratuita)

Chat on-line no site www.cvv.org.br/chat

E-mail - Enviar mensagem pelo site hwww.cvv.org.br/e-mail

Endereços no Pará:
Belém - Rua Senador Manoel Barata, nº 718, sala 404 (horário: 24 horas de 2ª a 6ª; sábados e domingos, das 8h às 13h)
Santarém - Trav. Sorriso de Maria, 525, Jardim Santarém (horário: 24 horas)

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