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Sesma confirma aumento de casos de gripe em Belém; Unidades de Pronto Atendimento continuam lotadas

Infectologista afirma que as vacinas protegem das doenças e abrandam os sintomas

Emanuele Correa / O Liberal
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Nesta terça-feira (14), vídeos circularam pelas redes sociais com pessoas lotando as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta e da Marambaia. A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que a cidade está passando por um surto de gripe, provocado pelo vírus Influenza, sem relação com o novo coronavírus. Em decorrência do vírus em circulação, está provocando a superlotação nas salas de urgência e emergência na capital.

Ainda de acordo com a Sesma, o setor epidemiológico da Secretaria está acompanhando e tomando as medidas cabíveis para a contenção do surto na capital paraense e ao longo desta quarta-feira (15) divulgará mais detalhes. A Sesma orienta, ainda, que: "as medidas adotadas à prevenção da covid-19 são eficazes para a proteção contra a gripe como uso de máscaras, higienização e distanciamento social. Reitera que há vacina disponível contra a gripe nas unidades básicas de saúde da capital e distritos para o público geral.

A equipe da Redação Integrada de O Liberal foi à UPA da Sacramenta para verificar a situação desta manhã. Logo na entrada, por mais que a equipe não pudesse entrar, era possível perceber a sala de espera lotada e pessoas aguardando do lado de fora da UPA.

Sintomas gripais são comuns nesta época

Raissa Pinheiro, 25 anos, conta que chegou por volta das 10h30 na UPA da Sacramenta e que  as queixas ao médico foram: dor de cabeça, no corpo, febre e garganta inflamada e, segundo a paciente, o médico que a atendeu relatou que todos que estavam na espera estavam com os mesmos sintomas gripais. "Eu não fiz o teste de covid, não pediram. Eu estou com muita dor no corpo, dor de cabeça, garganta inflamada. O médico disse na UPA que todo mundo que estava lá estava com os mesmos sintomas. Eu tomei um remédio para dor, não fiz exame de sangue e nem de covid . Se eu não melhorar, aí vou procurar fazer um teste", comentou.

A infectologista, Débora Crespo, relembra que do mês de dezembro a março vivemos o inverno Amazônico e que os órgãos de saúde devem se preparar para este período, visto que, os casos normalmente aumentam devido às chuvas e a circulação em ônibus lotados e com janelas fechadas. "Procure o serviço de saúde, os gestores de saúde devem se preparar para esses momentos, é o período sazonal, de períodos de gripe. Geralmente o calendário das vacinas do Ministério da Saúde são feitas respeitando o inverno de junho, julho e agosto das regiões Sul e Sudeste. Este ano o calendário foi estendido para outras idades e outros períodos", disse.

"Temos muitas vacinas da gripe sobrando. Entendo a questão da população que não podia tomar o da gripe, por esperar o intervalo da vacina da covid. Mas já que estamos entrando no nosso inverno amazônico, a pandemia entramos nos ônibus, vamos ver a quantidade de pessoas, da quantidade de chuvas as pessoas ficam no abafado, ambientes fechados, ajudam na propagação de vírus", complementou.

Vacinação e testes ajudam no diagnóstico

Débora explica que a orientação mais importante a população, que precisa diferenciar uma gripe, resfriado e a covid-19, é o teste de covid-19, pois os sintomas são parecidos e, para que tanto a covid, quantos a gripe não seja sentida de uma forma grave, as vacinas estão disponíveis e as pessoas devem se atentar ao calendário vacinal de ambas. "A mensagem mais importante é que procurem um serviço de saúde, o diagnóstico clínico sobrepõe às doenças, desde um quadro viral ou infecção pela covid. O alerta é se você está diante de um quadro desse, deve avaliar se está com o calendário adequado de vacinação, não só a vacina do covid, mas de H1N1, da gripe ou se pode ser um quadro alérgico. Só o teste de covid vai poder direcionar a cada caso.

"Se você está diante de um quadro deste e não fez o reforço do covid, a preocupação já redobra. A vacinação não impede a infecção, ela só abranda os sintomas mas este cuidado também precisa ser feito, pois a principal causa de óbito nos idosos é pneumonia viral. Então as vacinas de covid, H1N1, gripe precisam ser atualizadas. Também tem as doenças endêmicas, devido à chuva. Zika, chikungunya. Procurar o posto de saúde não é errado, isso tem que estar disponível, a telemedicina. E não podemos deixar de olhar para as outras doenças, apesar da covid e as novas cepas", finalizou.

A Sesma Sesma reforça que as vacinas estão disponíveis nas unidades básicas de saúde da capital e distritos e estão disponíveis ao público em geral, a partir de seis meses de vida. 

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