Servidores do Hospital de Clínicas denunciam perseguições e precarização instituição
Setor de Psiquiatria estaria sofrendo retaliações. Direção nega e diz que reunirá para tratar caso
Dezenas de servidores do setor de psiquiatria da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, situada no bairro da Pedreira, em Belém, fizeram um protesto na manhã desta sexta-feira (1), em frente à instituição, denunciando as condições do setor psiquiátrico do hospital. Segundo os profissionais, a instituição não oferece estrutura adequada para atender pacientes e acompanhantes, o que também compromete o trabalho dos funcionários que atuam no local.
RETALIAÇÕES
Os servidores se queixaram, também, que estariam sobre perseguições e retaliações por parte da direção do setor de psiquiatria. Eles contaram que não receberam pelos plantões trabalhados no mês de janeiro - e que isto seria um forma de punição da direção.
O técnico em enfermagem, Marcelo Miranda, explicações as principais queixas do setor psiquiátrico da instituição. "Estamos sendo perseguidos e assediadas moralmente por algumas chefias, principalmente na clínica psiquiátrica. Então, a gente exige a saída imediata dessas chefias que estão assediando moralmente os funcionários do Hospital das Clínicas. Já deixaram de lançar plantões extras, plantões que já foram trabalhados pelos servidores e não foram pagos. Automaticamente, nós tivemos uma perda salarial importante em janeiro deste ano", destacou.
O servidor frisou, também, as condições de trabalho e atendimento no setor psiquiátrico, que estariam aquém das necessidades dos pacientes, acompanhantes e trabalhadores. "Tem a questão da falta de estrutura, das condições de trabalho.
PRECARIZAÇÃO
Do lado de dentro do setor psiquiátrico, o cenário é calamitoso, afirmam funcionários e acompanhantes de pacientes com transtornos mentais. "Acompanhante não tem banheiro para tomar banho adequadamente. Tem que tomar banho em banheiro sem porta. Há uma reforma que não termina, água imprópria, bebedouros que despejam uma água amarelada, cadeiras quebradas, não tem lençol etc", enumerou uma técnica em enfermagem que preferiu não ser identificada.
"Os acompanhantes, que passam até 30 dias ajudando seu familiar, não têm um lugar para descansar. A gente se esforça para dar uma atenção para o paciente, para os acompanhantes, mesmo não tendo a menor estrutura. A gente se desdobra para dar uma boa assistência, mas a gente não tem suporte adequado. É tudo precário".
OUTRO LADO
A reportagem da redação integrada do jornal O Liberal entrou em contato com a direção da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna para esclarecer as queixas apontadas pelos servidores.
A direção da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna disse, em nota, que a direção "não foi demandada formalmente pelo servidores da Psiquiatria sobre as reivindicações relatadas". A direção também disse que vai se pronunciar sobre a situação apenas após reunião com os servidores, marcada para a príxima segunda-feira (4/2).
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