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Saiba como ter acesso a métodos contraceptivos na rede pública; vídeo

Na Grande Belém, demanda é alta, mas é fundamental buscar orientação profissional para evitar complicações

Amanda Martins / Eduardo Rocha
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Em apenas um só dia, ou seja, na terça-feira (17), a Policlínica Norte Doutor Carlos Guimarães, no bairro do Coqueiro, no Município de Ananindeua, chegou a receber cerca de 130 mulheres à procura do contraceptivo Dispositivo Intrauterino (DIU), ofertado pelo programa Ananin Diu que oferta o serviço, de forma gratuita, via Sistema Único de Saúde (SUS). Essa demanda pelo serviço demonstra o interesse de parte do público feminino pelos métodos contracetivos, na Região Metropolitana de Belém (RMB). No entanto, é essencial para prevenir complicações não usá-los sem orientação de profissional da Saúde.  

São vários os métodos contraceptivos que ajudam a evitar uma gravidez indesejada ou prevenir uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Em Belém, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), via SUS, estão disponíveis para a população feminina contraceptivos orais e os injetáveis, os preservativos internos - conhecidos como os femininos - e externos - preservativo masculinos, que algumas mulheres apanham para usar com os seus parceiros. Outra opção disponível  são as minipílulas. 

Consultar e evitar automedicação são fundamentais, alerta especialista

O planejamento familiar reprodutivo é feito nas UBS. Durante o Pré-Natal, a enfermeira já faz essa conversa com a mulher e parceiro quando este comparece ao local. Nas consultas, é indicado à mulher o melhor anticoncepcional, e esse processo requer atenção específica, Muitas vezes, um dos métodos mais utilizados acaba sendo o preservativo, tanto o interno quanto o externo. 

Para ter acesso aos contraceptivos na rede pública, a  mulher ou  o casal procura uma UBS, portando RG e Cartão SUS. Passará por uma consulta de Enfermagem,  e, no caso se ela estiver finalizando a gestação e já quiser ingressar  no planejamento familiar, assim que finalizar esse período, a pessoa entra no processo e, então, já é prescrito o procedimento. Se não for gestante, ela faz a entrada, via consulta de Enfermagem, depois passa por um clínico e começa a pegar a medicação via farmácia do SUS na unidade.

O ideal é que a mulher busque a consulta, faça exames, principalmente os exames periódicos. “É importante que ela não fique comprando diretamente da farmácia, por livre e espontânea vontade; ela tem que procurar uma unidade de Saúde para ver o melhor método que se encaixe com ela, de acordo com  a idade,  de acordo com a necessidade dela, porque se for diretamente na farmácia pode ser que ela tome um anticoncepcional muito mais forte que o necessário para ela”, como destaca a coordenadora da Referência Técnica da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Aline Gobbo.

“O ideal é que ela procure um posto de saúde, um profissional de saúde, para fazer a medicação de acordo com a necessidade dela; ao contrário do que muitas pensam, o anticoncepcional da colega não necessariamente vai ser o mesmo que o ‘meu’; a gente trabalha com miligramas diferentes, métodos diferentes; uma consulta mostrará o melhor [ contraceptivo] indicado”, reforça Aline.

O método contraceptivo, principalmente por via oral, tem que ser trabalhado em conjunto com a família. O ideal é que a família entre em um acordo, não existindo uma idade certa para adotá-lo. Como é feito por hormônios, esse contraceptivo requer alguns cuidados, daí a necessidade de acompanhamento. 

A inserção do DIU também é disponível pelo SUS em Belém, mas hoje, por causa da reestruturação das UBS, ele é referenciado (disponibilizado) para a Santa Casa de Misericórdia, que conta com o Ambulatório da Mulher. Para conseguir colocá-lo gratuitamente, a coordenadora explica que a mulher precisa ir a uma UBS do seu bairro, realizar exames e, posteriormente, ser encaminhada a um hospital de referência. Lá, ela passará por acolhimento, assistência social, novas consultas, para, assim, colocar o dispositivo uterino. As UBS de Belém deverão dispor novamente do DIU ainda neste primeiro semestre. 


Confira as características dos contraceptivos disponíveis no SUS:

Anticoncepcional oral

A pílula anticoncepcional é um método de controle de natalidade e “suspensão” da menstruação utilizado por mulheres que querem evitar uma gravidez; na sua composição há hormônios que são semelhantes àqueles produzidos pelos ovários, fazendo com que a ovulação não ocorra. E foi feita para ser tomada oralmente. 

Vantagens: ajuda prevenir a gravidez indesejada, reduz o fluxo menstrual e diminui os sintomas da TPM.

Desvantagens: a mulher precisa ser responsável por tomar todos os dias o comprimido à mesma hora, mas pode gerar esquecimento. Umas das desvantagens é que o medicamento pode causar náuseas, dor nas mamas, pequenas perdas de sangue e sintomas de depressão ou tristeza em quem consome regularmente. 

Dispositivo Intrauterino (DIU)

O dispositivo intrauterino, mais conhecido popularmente por “DIU”, é um método feito de plástico em formato de T que é colocado no paciente pela ginecologista, podendo ter como durabilidade cerca de cinco anos. É uma técnica que dificulta a gravidez por causa da libertação de hormônios que “impedem” a fecundação. 

Vantagens: é um bom método para aquelas que são esquecidas e não precisam tomar o comprimido todos os dias.

Desvantagens: em alguns casos pode levar ao aparecimento de anemia. Também causa dor durante alguns dias depois de colocação, perda de pequena quantidade de sangue nos meses seguintes e aumenta o risco de infecções vaginais.

Camisinha masculina e feminina 

Considerado um dos melhores métodos anticoncepcionais, usar camisinha durante a relação sexual pode evitar gravidez, assim como também prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis. A validade dura em média de dois a cinco anos a partir da data de fabricação. Não existe nenhum efeito colateral com o uso do preservativo.

Vantagens: são fáceis de colocar e não causam qualquer tipo de alteração no corpo.

Desvantagens: algumas pessoas podem apresentar alergia ao material do preservativo, o látex; se não for colocado devidamente, pode rasgar durante a “hora H”, aumentando as chances de uma gravidez indesejada.

Anticoncepcional injetável

A “injeção anticoncepcional” deve ser aplicada no músculo do braço ou perna uma vez por mês ou de três em três meses por um enfermeiro que trabalha no posto de saúde. Desta forma, ela libera lentamente os hormônios que impedem a ovulação. 

Vantagens: é um ótimo método para mulheres que não podem tomar comprimidos anticoncepcionais ou têm infecções vaginas, que não podem usar o DIU. 

Desvantagens: uso prolongado pode provocar  atraso da fertilidade, aumento de peso, dores de cabeça e acne.

Minipílulas

A minipílula é um método contraceptivo oral composto somente por progesterona. Diferente da pílula anticoncepcional tradicional, que contém uma combinação de progesterona e estrogênio, ela “provoca” menos efeitos colaterais e é uma ótima alternativa para mulheres com contraindicação ao uso de medicamentos com estrogênio.

Vantagens: praticidade, efeito imediato e menos efeitos colaterais.

Desvantagens: deve ser ingerida todos os dias sem atraso e não regula o ciclo menstrual.

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