Rodoviários de Ananindeua e Marituba não fecham acordo com empresas

Nesta quarta-feira, a categoria deve realizar reunião para decidir se deflagram greve na quinta-feira

Eduardo Rocha

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram), Uelen Ferreira, informa que não houve acordo com as empresas de ônibus urbanos em rodada de negociação nesta terça-feira (25). Agora, os rodoviários irão se reunir em assembleia geral às 17 horas desta quarta-feira (26), em Belém, para decidir se entrarão ou não em greve a partir da zero hora de quinta-feira (27).

"A patronal não assinalou nada, declarando que está no vermelho. Nós debatemos, dizendo que a classe rodoviária está há dois anos sem aumento salarial, tanto salarial como no tíquete (ticket-alimentação). Então, isso revolta a categoria, porque mais de 600 trabalhadores foram para rua nesse período; muitos trabalhadores estão virando, cobrindo o trabalho de outros companheiros, e quem sofre as consequências são os trabalhadores rodoviários que tiveram multiplicada a jornada deles, ônibus não estão de mais nas ruas, os ônibus estão superlotados. Então, a situação para o lado do trabalhador fica crítica", disse.

Segundo Uelen Ferreira, as empresas repassaram que não podem conceder nem aumento do valor do tíquete-alimentação, por não terem tido reajuste da tarifa urbana em dois anos. Contudo, o dirigente sindical destacou que as empresas receberam um resíduo do Governo Federal. "Então, amanhã nós vamos fazer uma assembleia geral em Belém e vamos decidir se vamos paralisar à zero hora de quinta-feira (27)", complementou o sindicalista.

Os rodoviários reivindicam 15% de reposição de perdas salariais e manutenção de direitos na data-base da categoria.

"Na ocasião, o Sindicato das Empresas aceitou parcialmente a proposta do laboral de acordar as cláusulas da convenção coletiva por 12 meses e mantém solução que está em conformidade com a maioria das capitais brasileiras, como, por exemplo, em Natal, Rio de Janeiro e São Paulo, de suspender negociações salariais por seis meses, prazo para que os drásticos efeitos da pandemia sejam amenizados.  O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) informou, por meio de nota, que reuniu na tarde desta segunda-feira, 24, com os rodoviários. 

As clausulas econômicas e sociais vigentes estariam asseguradas aos profissionais. Mesmo com todos os esforços, não houve acordo e uma nova reunião está agendada para ocorrer na quarta-feira, 26.

O setor enfrenta a maior crise de sua história e o cenário é igual em todo o país. Empresas em recuperação judicial; muitas não aguentaram e fecharam suas portas. Os custos só aumentam, a exemplo do diesel que está 25% mais caro.

Além disso, a quantidade de passageiros transportados está a 65% do normal e, desde março de 2020, período inicial da pandemia, houve uma considerável queda na única fonte de receita das empresas, a tarifa, que, em Belém, é uma das menores do País, está defasada há 24 meses e não incluiu o último reajuste concedido aos rodoviários em 2019. 

Por fim, o Sindicato esclarece que as empresas seguem procurando alternativas para uma composição e afirma que sem a retomada de demanda, apoio para minimizar os efeitos da pandemia sobre o transporte e revisão da tarifa, a possibilidade de reajuste de salário é prejudicada."

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