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Outubro Rosa: Redes de apoio são importantes para tratamento de pacientes com câncer de mama

Na live "Direto da Redação", a advogada Shirley Araújo falou sobre um trabalho em grupo que mantém, o "Oncoamigas"

Cinthia Gatti

O programa "Direto da Redação", nas redes sociais do Grupo Liberal, entrevistou a advogada Shirley Araújo, de 39 anos. Ela é membro do "Oncoamigas", um grupo que apoia mulheres vítimas do câncer de mama. A advogada revelou a importância do apoio de organizações durante e após o tratamento da doença. A entrevistada também contou que várias mulheres são abandonadas pelos maridos, filhos e familiares durante o tratamento. A rede de apoio tem como papel fundamental amparar essas mulheres e principalmente mostrar que juntas podem vencer o câncer de mama.

Shirley tinha 31 anos de idade quando descobriu o câncer de mama, através do exame do toque. Ao apalpar os seios, sentiu alguns nódulos. Após a realização da biópsia, foi constatado o câncer de mama, ainda em estágio inicial. O diagnóstico, como para todas as mulheres, não foi fácil.

“Quando eu descobri que estava com o câncer de mama, eu tentei aceitar da melhor maneira possível, embora fosse muito difícil. Minha família já tinha um histórico de câncer de mama, eu tinha uma tia que também teve a doença, mas ela não gostava nem de tocar no assunto. Eu decidi da maneira mais leve me tratar e aceitar o que estava acontecendo”, relatou.

Um dos momentos mais marcantes durante o processo foi a perda de pêlos. A advogada conta que tentou manter o cabelo, mas em um determinado dia, enquanto se penteava, colocou força na escova e os cabelos foram caindo. Ela chamou o irmão e pediu para raspar a cabeça.

“Eu comecei a rir e tentei achar graça daquele momento, meu irmão brincava comigo enquanto raspava minha cabeça. Mas nunca é fácil, o apoio da família, de amigos e principalmente de pessoas que estão vivendo a mesma experiência, é fundamental”, ressalta.

Foram seis meses de tratamento entre cirurgias, radioterapia, quimioterapia, até o desaparecimento e cura do câncer. Mesmo assim Shirley continuou com os tratamentos paliativos, como fisioterapia por exemplo. Foi em uma dessas consultas que uma profissional de saúde sugeriu à ela e a outras pacientes que formassem um grupo de apoio, a partir daí surgiu o grupo Oncoamigas.

“Eu estava passando por aquele momento, e tudo era muito novo. Tinha medo, insegurança... vários sentimentos e muitas coisas acontecendo. Várias mulheres que estavam ali também estavam sentindo o mesmo. O grupo foi uma forma de nos apoiar, compartilhar experiências e principalmente dar força uma para as outras”, diz Shirley.

Hoje, após oito anos da cura, Shirley continua frequentando as reuniões do grupo. Durante esse tempo, algumas pacientes perderam a luta para o câncer, mas a grande maioria conseguiu se recuperar, outras ainda continuam o tratamento. Os encontros acontecem mensalmente, porém durante a pandemia foram reduzidos, mas o laço de amor entre as Oncoamigas sempre foi mantido.

“Mesmo curada eu participo de todas as reuniões, estamos juntas sempre, ajudando as outras que estão chegando. A gente não fala só da doença ou dos remédios. A gente fala mal dos maridos, um fuxico do vizinho, a fofoca da novela. Falamos de tudo, assim nos distraímos e conseguimos passar por essas e outras lutas”, conclui.

 

Como fazer o auto exame:

A avaliação deve ser feita em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitado.

1. Na frente do espelho

Sem roupas, observe os seios com os braços caídos, levantados e dobrados atrás do pescoço e com as mãos na bacia, pressionando-a para verificar se existe alteração na superfície da mama. É importante avaliar o tamanho, a forma e a cor, além de inchaços, saliências e rugosidades.

2. Em pé

A palpação das mamas deve ser feita durante o banho, com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Os dedos devem estar esticados e fazer movimentos circulares, de cima para baixo. Para cada lado, fazer o seguinte: Colocar o braço atrás da cabeça; Palpar a mama em movimentos circulares: primeiro no formato de círculos que começam no mamilo e crescem até cobrir o seio todo; depois em linhas retas em direção ao mamilo e por último em linhas retas para cima e para baixo; No fim da palpação, pressionar os mamilos suavemente e observar se existe saída de líquido.

3. Deitada

A palpação deitada é como a em pé. Se desejar ficar mais confortável, coloque uma almofada debaixo do ombro que estiver com o braço levantado. Os mesmos três passos de palpação acima devem ser feitos em cada mama nessa posição.

Caso você encontre alguma anormalidade após o exame, o médico deverá ser consultado. O autoexame pode ser feito uma vez por mês, todos os meses, entre três e dez dias após o aparecimento da menstruação, ou em uma data fixa para mulheres que não menstruam e homens (sim, o câncer também pode afetar homens). É recomendado ainda que mulheres acima de 40 anos façam o exame de mamografia anualmente.

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