Queda de avião monomotor causou pânico entre os moradores do Bengui

Vizinhos próximos ao local do acidente e moradores das duas casas atingidas pelo avião monomotor relatam o medo após a queda da aeronave nesta manhã de quarta-feira (13), no bairro do Bengui, em Belém.

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"Foi perto do refeitório", contou um pedreiro que trabalhava em uma obra próxima, na hora do acidente, que pediu para não ser identificado. "Ele [o piloto] bateu no almoxarifado e ficou lá. Sorte é que não foi na hora do almoço, senão estaríamos todos lá. Nós saimos para socorrer as pessoas que estavam lá dentro, mas não tinha muito o que fazer. Do jeito que estava, só com os bombeiros."

Avião de pequeno porte estava voando baixo e piloto tentava pousar no Aeroporto Internacional de Belém antes de cair na guarita de residencial (Igor Mota / O Liberal)

A testemunha afirmou ainda que viu o avião voando baixo segundos antes do impacto. "Ele [o avião] vinha de lá, vinha caindo, vinha balançando... acho que já vinha tentando pousar. Ele bateu primeiro lá [apontando para as casas] e depois veio bater em cima do almoxarifado", contou o trabalhador.

Telhado foi quase todo destruído

Antes da queda, o monomotor atingiu a casa de Dona Dineia. "Eu estava aqui fazendo uma arrumação, quando ouvi um barulho e as coisas começaram todas a cair e fiquei muito assustada", diz a dona de casa, que estava com a mãe idosa na hora do acidente.

Na casa, parte do telhado desabou e restos de construção se espalharam pela sala e quartos. "Eu ouvi as pessoas gritando na rua. Graças a Deus ninguém de machucou".

"Como se fosse uma explosão"

"Eu estava me maquinado aqui no quarto quando ouvi um barulho muito forte, como se fosse uma explosão. Eu me virei e corri, me escondi, tentando me proteger, proteger minha cabeça", conta a dona de casa Joze Gonçalves, que na hora do acidente se preparava para buscar o filho de oito anos de idade que estava na escola.

Com o impacto, restos de cacos de telhas foram espalhados pelo chão da casa. No quarto ao lado, outro filho, de 15 anos de idade, também correu e conseguiu se salvar. "Foi um susto muito grande", diz Joze, que mora há 11 anos no Bengui.