Quase 600 trabalhadores do transporte alternativo dizem ter ficado de fora da regulamentação
Motoristas e cobradores estão tentando se organizar para saber como vão proceder, já que alegam terem sido excluídos por falta de dinheiro para "comprar a vaga"

Quando a Prefeitura de Belém anunciou que o transporte alternativo estava regulamentado e autorizado na capital, os trabalhadores do segmento comemoraram a princípio. Mas um grupo reclama que foi "deixado de fora" por falta de capital para investir. Seriam quase 600 pessoas — entre cobradores e motoristas de 300 vans que estão circulando, ainda de forma irregular — que se consideram "desgarrados" por não concordarem com a participação nas 19 cooperativas que receberam autorização.
Ao todo, foram 210 ordens de serviço emitidas pela prefeitura. Na segunda (7), esse grupo que se sente excluído fez uma manifestação na avenida Augusto Montenegro. Eles alegavam que precisariam pagar valores elevados, que chegavam a até R$ 100 mil, para poder rodar. Nesta quarta-feira (9), a Redação Integrada de O Liberal voltou a falar com um dos manifestantes e que faz parte do "grupo dos desgarrados", Val Pompeu. O discurso, por enquanto, mudou.
Val disse que novas manifestações não devem ocorrer novamente, enquanto os trabalhadores ainda não autorizados não decidirem o que fazer do ponto de vista legal. Porém, deu poucos detalhes e disse que, nesta quarta, haveria uma reunião da categoria com um advogado, às 17h. A questão pode chegar ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Ele evitou falar em valores.
"Queremos que esse processo de autorização seja revisto. Porque quando começamos a rodar, a história foi diferente daquela das 19 cooperativas e 210 ordens de serviço. Quem não tinha dinheiro, ficou de fora. Estamos vendo o que e como fazer e juntar provas. Muitas pessoas já estavam integralizadas e tiveram que pagar mais coisas. Como a maioria não tinha dinheiro, ficou de fora", concluiu Val.
A Redação Integrada de O Liberal aguarda posicionamento da Prefeitura de Belém.
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