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Quase 1,5 milhão vivem em 71 bairros

Do superpovoado Guamá ao rarefeito Marahú, Belém se expande por baixadas, terra firme e rios

Pablo Costa
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Belém do Pará tem uma população de quase um milhão e meio de habitantes distribuídos em 71 bairros, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, a maioria se concentra no bairro do Guamá, que tem uma população estimada de 94.610 moradores e, portanto, é considerado o bairro mais populoso da cidade. O nome do bairro foi dado pela proximidade com o rio Guamá.

Em seguida, vem o bairro da Pedreira, com uma população estimada em 69.608 moradores. O “bairro do samba e do amor”, assim intitulado pela escritora, jornalista, ativista política, poeta e carnavalesca Eneida de Moraes, é o principal palco dos eventos carnavalescos de Belém. O nome do bairro está supostamente ligado às pedras que existiam em suas imediações e já foi chamado também de Pedreira do Guamá.

Em terceiro lugar no ranking populacional está o bairro da Marambaia. Com uma população de 66.708 moradores, o bairro se destaca pelas grandes áreas verdes, embora de uso restrito por serem territórios militares e parque ecológico. Também existe uma boa quantidade de praças e corredores arborizados nos conjuntos habitacionais horizontais do bairro, em função do planejamento na ocupação do local.

O Menor

O Marahú, na ilha de Mosqueiro, é o menor bairro da cidade, com 132 moradores. Mosqueiro é uma ilha fluvial localizada na costa oriental do rio Pará, um braço sul do rio Amazonas, em frente à baía do Marajó. Apresenta área de 212 km² e está localizada a 70 km de distância do centro de Belém. A ilha tem 17 km de praias de água doce com movimento de maré.

O bairro de Nazaré tem uma população de apenas 20.504 moradores, mas guarda a dimensão da devoção à padroeira dos paraenses. É neste bairro que está localizada a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, um dos cartões-postais da cidade e símbolo de uma das mais importantes festas religiosas do mundo, o Círio de Nazaré, que reúne mais de dois milhões de pessoas no segundo domingo de outubro e é realizada desde 1793.

Centro Histórico

O centro histórico da capital paraense é constituído por dois importantes bairros: parte da Cidade Velha e toda a Campina, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Juntos, os dois bairros somam uma população de aproximadamente 18.284 moradores.

O centro histórico de Belém é a referência do patrimônio cultural paraense, que está concentrado no bairro da Cidade Velha, onde estão situados os principais pontos turísticos, como casarões antigos, igrejas, museus, palacetes entre outros.

Passear pelas ruas estreitas dos bairros da Cidade Velha e Campina é conhecer um pouco mais sobre a história e arquitetura de Belém. Casarões, praças, igrejas, museus e palacetes guardam a memória dos primeiros habitantes que povoaram a cidade. Nele está localizado o Forte do Presépio, a Casa das Onde Janelas, a Catedral da Sé – de onde sai o Círio de Nazaré –, o Museu de Arte Sacra, o Museu do Círio e a rua Siqueira Mendes – a primeira rua aberta pelos colonizadores.

Outros bairros contam a história da quatrocentona Belém

Jurunas

Seu nome é originário da tribo indígena dos Jurunas, ou Yudjá, que em tupi-guarani significa “bocas pretas”, devido às tatuagens características do seu povo. Além do nome do bairro, outras ruas também receberam nomes inspirados em tribos indígenas, como Tupinambás, Tamoios e Mundurucus. A população é estimada em 64.478 moradores.

Batista Campos

O bairro foi criado em homenagem ao padre Batista Campos, que exerceu vários cargos de importância na vida política do Pará. Foi um dos inspiradores da Cabanagem. Antes, a praça tinha o nome de Salvaterra, sobrenome da proprietária do terreno. Hoje, o bairro tem 19.136 habitantes.

Fátima

Entre as décadas de 60 e 70 o bairro era conhecido como um lugar violento. Com uma grande quantidade de mato, passou a ser chamado de Matinha. A fim de mudar a imagem que o bairro tinha, o pároco da época, padre Antonio Moraes Oliveira, após a construção do Santuário de Fátima fez um abaixo assinado para mudar o nome para bairro de Fátima. A população é estimada em 12.385 moradores.

Umarizal

Seu nome se deve ao umari, uma árvore de fruta silvestre, típica do Pará, que existia em abundância no local à época de sua ocupação. Grande parte das ruas do bairro foi nomeada em homenagem aos rebeldes que fizeram no Pará campanha de independência do Brasil, como João Balbi, Bernal do Couto, Boaventura da Silva, Jerônimo Pimentel, Domingos Marreiros, Antônio Barreto, Oliveira Belo e Diogo Moia. Hoje, sua população é estimada em 30.090 residentes.

Terra Firme

Atualmente com uma população estimada em 64 mil moradores, o nome Terra Firme diz respeito à história do bairro, que no período de sua ocupação era uma área de terreno difícil, alagada pelo rio Tucunduba com travessia feita através de pontes improvisadas pelos moradores, que com o passar do tempo foram aterrando o local tornando-o efetivamente firme. O nome surgiu de uma brincadeira em tom de ironia dos moradores ao se referir ao bairro. Outro fato importante é que a prefeitura tentou mudar o nome do bairro para Montese, em homenagem à participação de soldados brasileiros na Batalha de Montese durante a Segunda Guerra Mundial, mas a população se uniu e fez um plebiscito votando para que o nome permanecesse Terra Firme.

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Belém
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